sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Piora abastecimento de água no Pará, e governo ainda conta mentira!

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), entre 2012 e 2013 cresceu em todo o Brasil o número de atendidos por serviços como iluminação elétrica, rede de abastecimento de água, rede de esgoto e coleta de lixo. Mas, por outro lado, para a população paraense, o registro foi de queda no número de domicílios atendidos por rede de abastecimento de água. Em 2012, 51,4% dos 2.150 milhões de domicílios paraenses contavam com água da Cosanpa. Em 2013, houve uma redução de 1,5% de casas atendidas pela Companhia de Saneamento do Pará.

Ainda mostrando a situação precária do saneamento no Estado, as ligações de redes de esgoto cresceram apenas 0,5% em um ano no Pará. Em 2012, apenas 6,3% de todo o Estado contava com redes de esgoto. Em 2013, esse total passou a ser de 6,8%. Em agosto deste ano, o Instituto Trata Brasil já mostrava o baixo desempenho do governo do Estado do Pará na solução do saneamento básico para a população.
Usando os indicadores do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), ano base 2012, o instituto mostrou que Belém é uma das piores capitais do Brasil em abastecimento de água, tratamento e coleta de esgotos. O estudo mostrou a projeção da evolução dos indicadores das 20 melhores e 20 piores cidades ao longo do prazo de 20 anos, caso mantivessem os mesmos avanços registrados entre os anos de 2008 e 2012.
Os resultados mostraram que quase nada ou muito pouco foi investido pelo governo do Pará, por meio da Cosanpa, para solucionar os graves problemas de saneamento básico que o Pará enfrenta em todos os seus 144 municípios. Ananindeua, Belém e Santarém figuram entre as 10 piores situações do Brasil em todas as variáveis analisadas pelo Instituto Trata Brasil.
A assessoria da Cosanpa informou que a companhia atende 56 municípios paraenses e já foram investidos
R$ 1,2 bilhão em obras de água e esgoto com recursos federal e estadual. A empresa informa ainda que estão ampliando a estação do Bolonha e criando uma estação de tratamento no Una.

EMPREGO
A pesquisa do PNAD também mostrou que a taxa de pessoas sem ocupação no Pará cresceu 1,5% em um ano, de 2012 para 2013. Foi a quarta pior variação do número de pessoas desocupadas entre as 27 unidades federativas. Em 2012, a taxa de desocupação, na semana de referência da Pnad, das pessoas de 15 anos ou mais de idade era de 5,8. Em 2013, passou para 7,3.
O Pnad 2013 mostrou que ocorreu queda de ocupação nas principais atividades de trabalho no Estado (agrícola, industrial, serviços e comércio e reparação), registrando leve alta apenas na construção civil. O estudo investiga dados sobre população, migração, educação, trabalho, famílias, domicílios e rendimento. Foram ouvidas 362.555 pessoas em 1.100 municípios.
De acordo com o Pnad, em todo o país, a taxa de desocupação foi de 6,5% em 2013, o que significou aumento em relação à taxa de 2012, de 6,1%. O rendimento médio real do trabalhador brasileiro em 2013 foi estimado em R$ 1.681 por mês, valor 5,7% superior à média verificada em 2012 (R$ 1.590). No Pará, o rendimento médio do trabalhador foi de R$ 1.160 contra R$ 1125 em 2012, uma variação de pouco mais de 3,1% na comparação de 2012 para 2013. A média salarial paraense é a 7ª mais baixa do Brasil.
(Diário do Pará)

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