segunda-feira, 27 de outubro de 2025

MINISTRO DA SAÚDE DEFENDE O 'SUS DA FLORESTA' EM SANTARÉM

Alexandre Padilha anunciou investimentos de R$ 240 milhões para ampliar a rede pública no estado, por meio do Novo PAC
Padilha com o Prefeito Zé Maria , Secretário de Saúde Everaldo Martins Filho e Caetano Scannavino ,
do PS&A e Lideranças Indígenas e Comunitárias - Créditos : Divulgação
Em uma agenda marcada por anúncios e simbolismo, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, esteve neste fim de semana em Santarém, no oeste do Pará, para reforçar o compromisso do governo federal com a saúde na Amazônia. 
Durante a visita, Padilha destacou o avanço das políticas de saúde adaptadas às realidades da floresta e anunciou investimentos de R$ 240 milhões para ampliar a rede pública no estado, por meio do Novo PAC.
O ministro participou do Seminário Saúde e Clima na Amazônia – Tecnologias Sociais e Adaptação para Comunidades Tradicionais, realizado em Alter do Chão, e inaugurou a UBS da Floresta, na comunidade ribeirinha de Anã, no rio Arapiuns. 
A unidade é um exemplo de inovação na oferta de serviços em áreas isoladas, contando com energia solar híbrida, internet via satélite e equipamentos modernos, como eletrocardiógrafo e autoclaves.
“O SUS está se preparando para as mudanças climáticas e para proteger a Amazônia, garantindo saúde, vida e dignidade para quem vive na floresta”, afirmou Padilha.
O prefeito Zé Maria Tapajós, destacou o impacto desses investimentos na vida das famílias. 
“O projeto traz ganhos concretos para o dia a dia das equipes e da população. 
Tudo isso melhora a qualidade dos atendimentos e facilita o trabalho dos profissionais que atuam nas comunidades. 
Nosso objetivo é ampliar o alcance dos serviços e assegurar que cada morador da zona rural e ribeirinha tenha acesso ao cuidado que merece.”
O secretário municipal de Saúde, Everaldo Martins Filho, falou sobre a parceria da gestão com o Ministério da Saúde. 
“Essa parceria reforça o compromisso da Prefeitura em garantir que o SUS chegue com qualidade a todas as comunidades, mesmo nas regiões mais distantes. 
As tecnologias sociais são instrumentos importantes para a promoção da autonomia comunitária, contribuindo para diversas áreas do desenvolvimento humano, em especial para a promoção da saúde".
O projeto, desenvolvido em parceria com o Projeto Saúde e Alegria (PSA), a Fundação Banco do Brasil, a Fiocruz e a Prefeitura de Santarém, prevê a implantação de 24 unidades semelhantes em toda a região, beneficiando diretamente 10 mil pessoas e impactando mais de 30 mil de forma indireta.
Durante o seminário, o coordenador do Projeto Saúde e Alegria, Caetano Scannavino, destacou que o encontro reuniu representantes de diferentes esferas do poder público, movimentos sociais, universidades e comunidades tradicionais para discutir o papel da saúde no enfrentamento das mudanças climáticas.
“A questão da saúde está diretamente ligada à questão climática. Aqui na Amazônia, sentimos na pele os impactos das secas e cheias extremas, as doenças transmitidas pela água e a falta de acesso à água potável. 
Discutir saúde é discutir adaptação climática”, destacou Scannavino.
Ele também celebrou a presença do ministro, relembrando sua trajetória na região.
“Padilha é um colega de batalha. 
Ele morou em Santarém e ajudou a desenhar os modelos de atendimento técnico-assistenciais para comunidades remotas. 
O que hoje é o programa Saúde da Família Fluvial nasceu dessas ideias. 
O barco Abaré, que virou política pública nacional, é fruto dessa semente plantada aqui”, afirmou.
Durante a visita, Padilha reforçou que o Ministério da Saúde está estruturando ações estratégicas para o futuro da região, incluindo a produção regional de vacinas e medicamentos, respeitando as especificidades logísticas e ambientais da Amazônia.
“Estamos levando o SUS para dentro da floresta, com médicos, enfermeiros, sala de vacina e telemedicina, respeitando a realidade de quem vive na beira do rio e no interior da Amazônia”, ressaltou o ministro.
Padilha também afirmou que as ações de fortalecimento do sistema público de saúde na região terão papel de destaque na preparação para a COP-30, que será realizada em Belém, em 2026.
“Na véspera da COP-30, mostramos que o Brasil está construindo um legado de saúde e sustentabilidade para o povo da Amazônia. Esse legado começa aqui, com o SUS na floresta, cuidando das pessoas e do planeta ao mesmo tempo”, concluiu.
Com as novas iniciativas, o governo federal busca reduzir desigualdades históricas na oferta de serviços de saúde, ampliar o acesso de populações ribeirinhas e tradicionais e garantir que a Amazônia seja, cada vez mais, referência em inovação, inclusão e cuidado com a vida.
Fonte : Oestadonet

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