Português desaparecido estaria tirando ‘férias do casamento’
Férias de seu casamento. Foi desse modo que o português Delfim
Venâncio Pinto, de 54 anos, justificou sua estadia de uma semana no Vila
Azul Praia Hotel, no bairro Meireles, em Fortaleza. A confissão foi
feita a funcionários do estabelecimento. Enquanto aproveitava a capital
cearense, a família de Delfim o procurava no Rio com o auxílio da
polícia.
Mas, o desejo do português de sair do hotel três estrelas
para se hospedar num estabelecimento mais luxuoso acabou confirmando a
sua localização. No domingo, Delfim foi até o Hotel Luzeiros, na orla de
Fortaleza. Ele requisitou um quarto cinco estrelas, porém o hotel
informou que não havia um disponível. O português acabou, então,
discutindo com funcionários do hotel e chegou a dizer que estava
sofrendo preconceito por causa de seus trajes. Ele precisou ser contido
por um segurança.
No mesmo dia, Delfim, que estaria alcoolizado,
havia se desentendido com um taxista. O caso foi parar na delegacia,
onde o português disse ter sido agredido com um soco no rosto pelo
motorista.
Segundo um funcionário do Vila Azul, Delfim chegou ao
hotel sem fazer reserva. Ele teria ficado sozinho no estabelecimento e
seu comportamento não chamou a atenção.
- Era um hóspede com um
comportamento tranquilo e normal. Era muito educado e sempre dava ‘bom
dia’ e ‘boa tarde’ para os funcionários - disse.
Na segunda-feira,
ciente de que fora localizado por policiais do Rio, o português deixou o
Vila Azul. Por volta de 13h30m, ele pegou um táxi e seguiu em direção
ao aeroporto. Seu destino, no momento, é desconhecido.
- Para a
Delegacia de Proteção ao Turista e para a Polícia Civil do Ceará o caso
está encerrado. O que era importante para nós era saber se ele estava
bem. Foi uma escolha dele sair sem falar com a família, mas ele estava
aqui livre e bem - disse a delegada Adriana Arruda, da Delegacia de
Proteção ao Turista de Fortaleza.
A delegada Adriana Belém, da 42ª
DP (Recreio dos Bandeirantes), também entende que não houve qualquer
crime. Ainda sim, ela quer que Delfim preste esclarecimentos, pois seu
desaparecimento mobilizou a polícia.
O português saiu de casa, no
dia 27 de setembro, para receber R$ 70 mil pela venda de equipamentos
comerciais, de um ponto que ele explorava no Recreio dos Bandeirantes,
na Zona Oeste. O carro de Delfim foi encontrado perto do Parque Aquático
Maria Lenk, na Barra da Tijuca, trancado. A família registrou o
desaparecimento temendo que ele tivesse sido vítima de algum crime.
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