terça-feira, 8 de julho de 2025

COSTA OESTE DOS ESTADOS UNIDOS PODE SER ENGOLIDA POR MEGATERREMOTO

Epicentro do risco se encontra na Zona de Subducção de Cascadia, uma falha tectônica de 1.100 km
(Foto : Reprodução / Universidade de Washington )

Um novo estudo publicado em junho na revista Proceedings of the National Academy of Sciences reacendeu o alerta sobre o iminente megaterremoto que ameaça a Costa Oeste dos Estados Unidos. 
A pesquisa revela que o abalo sísmico, que pode superar 9.0 de magnitude, não só causaria destruição imediata como modificaria permanentemente a geografia do litoral do Pacífico.
O epicentro deste risco está na Zona de Subducção de Cascadia, uma falha tectônica de 1.100 km que se estende do norte da Califórnia até a Colúmbia Britânica, no Canadá.
Megaterremoto pode desencadear tsunami devastador na Costa Oeste dos Estados Unidos
De acordo com os cientistas, o megaterremoto ocorreria quando a placa tectônica Juan de Fuca se movesse sob a placa norte-americana, empurrando o solo para cima e gerando um tsunami de proporções catastróficas. 
Infográfico representa a Falha de Cascadia, que pode causar o megaterremoto na Costa Oeste dos Estados Unidos

O tremor poderia durar até cinco minutos em regiões como Oregon, Washington e Califórnia, seguido por mudanças dramáticas no relevo em questão de minutos.
Falha de Cascadia é formada pela Placa Juan de Fuca (Foto: Divulgação / Earth Explorations Toolbook)
O estudo liderado por Tina Dura, geocientista do Virginia Tech, aponta que partes do litoral podem afundar mais de 2 metros, expandindo as planícies de inundação e tornando-as até três vezes maiores na Costa Oeste dos Estados Unidos. 
“Áreas costeiras se transformariam rapidamente, com pântanos sendo invadidos pelo mar e florestas sendo destruídas pela água salgada”, explica Dura.
O terremoto de 1700 e as “florestas fantasmas”
As projeções são baseadas em registros geológicos do último megaterremoto na Costa Oeste dos Estados Unidos, ocorrido em 26 de janeiro de 1700. 
Na época, o solo afundou abruptamente, criando “florestas fantasmas” — árvores mortas pela invasão do oceano — e alterando ecossistemas inteiros.
Os pesquisadores analisaram evidências como solos de pântanos cobertos por sedimentos marinhos para prever os impactos de um novo evento sísmico. 
O risco é ainda maior devido ao aumento do nível do mar causado pelas mudanças climáticas, que potencializaria a devastação nas próximas décadas.
Autoridades se preparam para “Big One”
Autoridades dos EUA e do Canadá já trabalham em planos de emergência para o chamado “Big One”, como é conhecido o megaterremoto esperado. 
Entre as medidas estão:Sistemas de alerta precoce para tsunamis;
Reforço de infraestrutura na Costa Oeste dos Estados Unidos;
Simulações de evacuação em cidades como Portland e Seattle.
“Estamos falando de um evento que pode reescrever mapas. 
A preparação precisa ser contínua”, alerta Dura.
Fonte : Portal Tucumã

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