segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Reserva RENASCER

Dois agricultores feridos na operação do Governo Popular

O Governo do Estado apreendeu 6,4 mil metros cúbicos de madeira em tora e serrada, na manhã deste sábado (16), na localidade de Santa Maria do Uruará, município de Prainha, na área da Reserva Extrativista (Resex) Renascer, oeste do Pará. A ação coordenada pelos secretários Cláudio Puty, chefe da Casa Civil, e Aníbal Picanço, do Meio Ambiente, foi uma resposta do governo ao confronto ocorrido na semana passada, na confluência dos rios Uruará e Tamuataí, onde dezenas de famílias de sete das 13 comunidades que vivem na área da Renascer - e acampam a 52 dias no local para evitar a saída de madeira da reserva -, foram atacadas a bala por seguranças ligados à madeireira. Dois agricultores foram feridos.

O porto da madeireira Jaraú, que já estava sob embargo judicial, foi fechado durante a operação. A empresa está proibida de retirar a madeira do local até que apresente os documentos que comprovam a legalidade da extração. Caso a madeira seja ilegal, como denunciam as comunidades da Renascer, a empresa terá que pagar o equivalente a R$ 3,4 milhões em multa e a madeira será leiloada, com renda revertida para o benefício das comunidades que vivem na Resex.

Autuação - Com apoio de dois helicópteros e duas lanchas do Sistema de Segurança Pública, Puty e Picanço se deslocaram de Monte Alegre a Santa Maria do Uruará, em Prainha, para autuar a empresa. No pátio da madeireira, foram recebidos por cerca de 60 pessoas lideradas pela vereadora Iane Amorim (PT do B). Segundo ela, o fechamento da madeireira prejudicará diretamente 200 pessoas, cujas famílias perderão sua fonte de renda. "Nós não temos atividades extrativistas aqui; a economia dessa região depende da pecuária e das madeireiras", disse ela, para manifestar sua posição contrária à criação da Resex. "A reserva foi empurrada goela abaixo. Queremos a revisão da área", disse ela.

Um comentário:

  1. Açaõ indevida do Secretario Puty. Vai ter que indenizar a madeireira pelos prejuizos causados. Está tudo regular. Merece uma ação civil pública para indenizar o Estado pelos gastos do helicoptero e, outras despesas.

    ResponderExcluir

Participe do Blog do Xarope e deixe seus comentários, críticas e sugestões.