O prefeito do município de Uruará, Gilsinho Brandão, tentando dar um basta nas ações truculentas do Ibama no município de Uruará, bem como em toda região, terá uma audiência, através de videoconferência, às 10 horas da manhã desta sexta-feira (29), com o Vice-Presidente da República, General Hamilton Mourão, onde vários assuntos serão tratados.
Gilsinho Brandão falou sobre essa situação que tem atrapalhado o desenvolvimento do Município, e tem realmente causado traumas não só em Uruará, como em todos os municípios da região da Transamazônica.
“Há alguns anos estamos travando uma luta contra essas ações do Ibama. Entramos em contato com todas as autoridades do País, conversei a poucos dias com o deputado Eraldo Pimenta, fizemos diversos contatos, mandei ofício pra todos os ministérios, para o Presidente da República, pro vice-Presidente, para todos nossos parlamentares. Entramos com ação judicial para vê se na Justiça a gente ganha a causa em favor dos agricultores, e conseguimos essa audiência com o vice-Presidente da República, General Mourão, que é quem lidera todas as discursões e assuntos em respeito da região Amazônica. Inclusive é ele que está à frente dessa operação que está sendo realizada pelo Ibama, Forças Armadas e Força Nacional, no município de Uruará e outros municípios da região”, declarou Gilsinho Brandão.
O prefeito de Uruará foi mais além: “O Presidente da República e os ministros já foram comunicados dessa ação do Ibama aqui na nossa região. Graças a Deus conseguimos essa audiência em videoconferência com o General Mourão, quando relataremos tudo que está acontecendo, as injustiças que estão sendo cometidas aqui no Município. Vamos solicitar a suspensão dessa operação truculenta e, caso não atenda nosso pedido, que pelo menos ele tenha uma mudança na conduta da operação do Ibama. Não tem porque a gente ter casas sendo queimadas, em meio a essa pandemia de saúde que se alastra pelo mundo; não tem porque agir de forma repressiva com nossos agricultores, que são pessoas ordeiras, que precisam da terra para trabalhar, produzir e sobreviver, bem como contribuem com a sociedade e Município, sem falar que trazem desenvolvimento pra nossa região. Nós vamos abordar a questão do limite da terra indígena da Cachoeira Seca; vamos abordar, também, o assunto mais importante, que é a questão da regularização fundiária, que é o cerne de todo problema da região Amazônica”
FIQUE POR DENTRO: Vinte e três dias depois do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deflagrar uma operação de combate ao desmatamento ilegal na área de influência da rodovia Transamazônica (BR-230), onde um agente foi atingido com uma garrafa na cabeça, novas denúncias de abusos cometidos por funcionários do órgão vieram à tona, nesta semana, em Uruará, oeste do Pará.
De acordo com os moradores, casas estão sendo incendiadas por agentes do Ibama, além de ações repressivas contra os agricultores de Uruará.
AÇÃO NA JUSTIÇA
No dia 7 deste mês, a Prefeitura de Uruará, entrou com uma ação na Justiça contra a operação do Ibama de combate ao desmatamento ilegal na Terra Indígena Cachoeira Seca, no oeste do Pará.
REVOLTA
No dia 5 deste mês de maio, durante uma manifestação, um funcionário do Ibama foi agredido com uma garrafa na cabeça após os agentes destruírem um trator e um caminhão, usados na retirada e transportes de toras de madeira. A manifestação aconteceu próximo a área urbana de Uruará, após os agentes apreenderam um caminhão carregado com toras de madeira. Os moradores também acusam os agentes de atear fogo em alguns caminhões, tratores e outros bens.
Fonte: Portal Santarém
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