Cada obra exposta carrega histórias e modos de fazer que atravessaram gerações, e que hoje se afirmam como símbolos da riqueza cultural santarena.
| Estande de Santarém teve prefeito Zé Maria como anfitrião - Créditos: Divulgação |
O estande Casa Santarém Alter do Chão, instalado no Pavilhão Pará – Municípios da COP30, em Belém, tem se tornado um dos espaços mais visitados do evento ao reunir, em um único ambiente, a essência da arte, da cultura, da gastronomia e da identidade tapajônica.
Quem chega ao espaço da Prefeitura de Santarém é imediatamente envolvido por uma atmosfera que traduz, em cores, formas e sabores, a diversidade do município.
O estande reúne artesanato, bioeconomia, produtos tradicionais e peças que revelam a força da estética amazônica.
Cada obra exposta carrega histórias e modos de fazer que atravessaram gerações, e que hoje se afirmam como símbolos da riqueza cultural santarena.
O prefeito José Maria Tapajós tem guiado visitantes pelo estande e mostrado, com orgulho, elementos que representam a alma do povo tapajônico.
Durante as visitas, ele destacou a delicadeza dos trançados do Arapiuns, as cores vibrantes inspiradas no Sairé, a canoa que remete ao trabalho dos catraieiros de Alter do Chão e as cuias pretas e pintadas produzidas por artesãs de comunidades da várzea, como Cabeça do Onça.
“Aqui está a nossa identidade, nossa história.
Quem ainda não conhece a Casa Santarém precisa vir ver de perto essa beleza”, afirma o prefeito enquanto apresenta cada detalhe.
Ele também chamou atenção para produtos locais que ganham destaque no estande, como a farinha de tapioca produzida pelos cooperados da CopiBoa, no distrito de Boa Esperança, e a cerâmica tapajônica reproduzida pelo mestre Elvis, uma arte que remete ao legado arqueológico deixado pelos povos que habitaram a região.
Entre os elementos mais valorizados estão as cuias artesanais da região do Aritapera, produzidas em comunidades como Cabeça D’Onça, Surubi-Açú e Enseada do Aritapera.
O ofício das cuias, passado de geração em geração há mais de 200 anos, é mantido principalmente pelas mulheres ribeirinhas e foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro em 2015. Os grafismos indígenas e os traços únicos das peças chamam a atenção dos visitantes e reforçam o vínculo entre tradição, ancestralidade e identidade amazônica.
No Pavilhão Pará – Municípios, a Casa Santarém Alter do Chão apresenta ainda iniciativas voltadas à sustentabilidade, experiências de turismo de base comunitária e projetos que fortalecem a cultura local.
O espaço segue aberto à visitação no Centro de Convenções Centenário, das 14h às 21h, até sexta-feira, integrando Santarém ao cenário global da COP30 com autenticidade e orgulho de suas raízes.
Fonte : Oestadonet
Blog do Xarope via Oestadonet
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