A MENTIRA GROTESCA DO PAC EM NÚMEROS
Jornalista Reinaldo Azevedo via VEJA
Jornalista Reinaldo Azevedo via VEJA
Demorei um pouco porque precisei mergulhar no inferno da mistificação.
Chamei, desde o primeiro dia, o tal "PAC" de "PACtóide", remetendo à palavra
desde o primeiro dia, o tal "PAC" de "PACtóide", remetendo à palavra "factóide", aquilo que não existe, ilusionismo para enganar trouxa. Em que consistiu a mais formidável mentira deste governo até hoje?
1 - Chamou-se PAC ao conjunto de obras realizadas no país;
2 - entraram na conta do PAC as obras tocadas por empresas privadas, as obras das estatais e aquelas financiadas pelo Orçamento;
3 - o PAC nunca significou "dinheiro a mais", suplementar;
4 - o que o PT fez foi submeter todas as obras do Brasil a uma variante do "centralismo democrático".
Pois bem. Fez-se hoje um novo balanço do PAC. Atenção! Estamos falando do PAC UM. Na sua megalomania marqueteiro-patológica, Lula já lançou o DOIS. Trata-se de uma salada formidável de números. SE O LEITOR QUER "NÃO ENTENDER NADA", SUGIRO QUE VISITE TODOS OS SITES DOS GRANDES VEÍCULOS. CADA UM ATIRA PARA UM LADO. DEPOIS VÁ À AGÊNCIA BRASIL, COM A NOTÍCIA TODA PICOTADA EM PÍLULAS, COM O GOVERNO SEMPRE NO PAPEL DE EFICIENTE TOCADOR DE OBRAS.
Isso é um tática. Joga-se uma maçaroca de dados no colo dos jornalistas, que saem desesperados tentando entender o que significa aquela zona vazada num misto de "militantês" com "tecnocratês".
Vamos ver:
1 - As obras "concluídas" do PAC somam R$ 302,5 bilhões de um total previsto de R$ 656,5 bilhões - ou 46,1%;
2 - Diz o governo que a execução financeira totaliza R$ 463,9 bilhões - ou 70,7% do total. Que bom, né? Pois é. Nesse total, estão incluídos:
- R$ 154,5 bilhões de investimento das estatais - 33,23% (a quase totalidade deve ser da Petrobras);
- R$ 98,1 bilhões de investimento do setor privado;
- R$ 157,9 bilhões de financiamento habitacional a pessoas físicas;
- R$ 41,8 bilhões de investimentos do Orçamento Geral da União;
- R$ 5,2 bilhões de financiamento ao setor público;
- R$ 6,4 bilhões de contrapartidas de estados e municípios
Dilma pode não ter dançado o "rebolation-tion-tion", mas é mestra no "enrolation-tion-tion". Pergunta-se: as estatais, e quase tudo é da Petrobras, não investiriam não fosse o "PAC"? E o setor privado? Os R4 157,9 bilhões do tal "financiamento habitacional a pessoas físicas", num plano de "aceleração" do crescimento, querem dizer exatamente o quê?
EIS A PROVA: NÃO EXISTE!
Os números provam o óbvio: o PAC não existe. O que isso quer dizer? Que não existem obras? Ora, claro que sim! Não estariam sendo tocadas, por acaso, sem esse nome-fantasia?
O PAC deveria ter sido um esforço concentrado para realizar mais do que se realizaria sem ele, certo? Como se entregou menos da metade, supõe-se que o esforço concentrado ou não deu em nada ou funcionou como ação negativa. E esse menos da metade, como se nota, foi garantido pelas estatais e pelo setor privado.
Estamos diante de especialistas na arte de iludir. Sendo verdadeiros os números, em que resultou, até agora, a fantástica obra do PAC? Dos anunciados R$ 656,5 bilhões do "programa", só 6,36% foram efetivamente tocados com recursos do Orçamento Geral da União - ou 9% do que o próprio governo considera efetivamente investido.
Por Luís Gustavo
Concurso Público: Incra pede explicação ao Instituto CETRO
Concurso Público: Incra pede explicação ao Instituto CETRO
O Incra se reuniu nesta terça feira (15), em Brasília, com representantes do Instituto Cetro, responsável pela realização do concurso da autarquia, para cobrar explicações sobre os incidentes ocorridos na aplicação das provas, no último domingo (13).
Com base em relatos, mensagens e matérias na imprensa, o Incra solicitou ao Cetro, em caráter de urgência, um relatório detalhado sobre a aplicação das provas em todas as cidades.
A ideia é mapear as ocorrências e a extensão dos problemas e, em seguida, adotar medidas que assegurem a integridade do processo seletivo. O Incra também pediu ao instituto que publicasse nota de esclarecimento e mantivesse os candidatos informados sobre as providências que estão sendo tomadas para reparar os prejuízos.
Vagas e remuneração
Para o concurso são oferecidas 480 vagas de nível superior, com remunerações iniciais entre R$ 3.713,74 e R$ 4.598,80, além de 70 oportunidades de nível médio, cuja remuneração é de R$ 2.254,64. Os valores estarão vigentes a partir de 1º de julho de 2010, em função do reajuste aos servidores do órgão garantido pelas leis 11.090/05 e 10.550/02.
Força de trabalho
Após o término deste novo concurso, o Incra concluirá o preenchimento de 2.736 vagas, de níveis médio e superior, somente nos últimos sete anos. De lá pra cá, foram realizados três concursos, em 2003, 2005 e o que está em andamento.
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