segunda-feira, 21 de novembro de 2011

SIM TAPAJÒS 77

Eraldo Pimenta: “Duda Mendonça não passa de um marqueteiro elitizado”

Duda da Mala Preta
“Eu sempre falei que em lugar de dar nove milhões para ele, o que se deveria fazer era comprar material, distribuir na região Oeste, dessa maneira ajudaria melhor o Movimento pelo SIM”.

Eraldo: Apoio ao 77 SIM Tapajós
Nesta entrevista cheia de revelações e opiniões pessoais polêmicas, o prefeito de Uruará Eraldo Pimenta, que também é presidente do Consórcio Belo Monte, passa a limpo questões como Plebiscito, Construção da Hidrelétrica de Belo Monte, urbanização do bairro Pimentolândia em Uruará e rebate críticas feitas pelo vereador Reginaldo Campos de que os prefeitos estão sendo omissos, com medo de contrariar o governador e sofrer represálias. Confira a entrevista na íntegra:

Blog do Xarope- Prefeito, dê sua opinião sobre o Plebiscito Pró-Tapajós e Carajás?
Eraldo Pimenta- O plebiscito é de fundamental importância para todos os 27 municípios que vão compor o Novo Estado. O Tapajós vem a ser a redenção, tanto econômica quanto social e de crescimento do Estado. Nós vamos saltar de um orçamento de FPE, de dois bilhões e meio, mais ou menos para um mínimo de sete bilhões, por que serão três Estados recebendo este Fundo de Participação. Sem contar que foi investido o ano passado, pelo governo do Estado uma faixa de 500 milhões de reais para o a região Oeste do Pará e dois bilhões para a área metropolitana, ou seja, nós aqui da região sempre estivemos á margem, sendo relegados a segundo plano. A verdade é que nossa região está muito longe da área metropolitana e agente acaba sendo na realidade, eu te diria até, voltando à era do colonialismo, como era na relação de Portugal com o Brasil, então é de fundamental importância nossa luta por essa nova conquista que nós temos. Eu costumo dizer que, passando ou não o Plebiscito, nós temos que demonstrar nossa força e dar o alerta ao atual governo que necessitamos de mais atenção. Dependendo do percentual de votos a favor do plebiscito nós estaremos refletindo a atenção que precisamos, mas infelizmente não temos do Governo do estado do Pará.
Blog do Xarope- Com relação á críticas que foram feitas por membros do Movimento, entre eles o vereador de Santarém Reginaldo Campos de que existem muitos prefeitos que estão omissos diante deste grande Movimento Pró –Emancipação, o vereador chegou a criticar a AMUT, dizendo que todos  têm medo de sofrer represálias por parte do governador Jatene, o que o senhor tem a dizer?
Eraldo Pimenta- Eu poderia dizer que quem está levando essa campanha são os prefeitos. Observe que em todos os municípios que tem os comitês Pró-Tapajós sendo instalados, todos os veículos que estão sendo destinados á Campanha, na realidade, são os prefeitos que estão bancando, e todo mundo sabe disso. O problema é que os prefeitos hoje têm compromissos com 13º Salário, além dos outros compromissos com o município e eu acredito que o vereador Reginaldo Campos e outros que estão á frente do Movimento, a quem eu gostaria de parabenizá-los, deveriam eles se mobilizar no sentido de convencer aos empresários e as indústrias para fazer parte desta Frente de Luta popular.
Blog do Xarope-Como o senhor analisa a atuação do marqueteiro Duda Mendonça?
Eraldo Pimenta- Em minha opinião, Duda Mendonça é um marqueteiro elitista. Eu sempre falei que em lugar de dar nove milhões para ele, o que se deveria fazer era comprar material, distribuir para regiões, dessa maneira ajudaria o Movimento. Agora o camarada pegar nove milhões de reais e dizer que é para fazer campanha pelo SIM, isso na minha opinião é ganhar dinheiro, esse é o meu ponto de vista.
Blog do Xarope- Prefeito, o que o senhor acha que falta para a campanha pelo “SIM 77” decolar?
Eraldo Pimenta- Nós precisamos é direcionar, agora que estamos na reta final, nos últimos dias, a campanha na região onde será instalado o Novo Estado. Na verdade não se trata da divisão do Pará, é uma soma de três novos Estados que terão representatividade política para brigar no Congresso, pedir melhorias de vida para o morador da região Oeste que há quase quarenta anos está sofrendo. Na realidade, em nossa região o Movimento pelo Plebiscito e criação do Novo Estado já decolou. Dificilmente você tem menos de 90% por cento de opiniões contrárias a criação do Novo Estado. Agora sobre o dinheiro investido em propaganda; uma peça publicitária como aquela que se vê na televisão, com certeza até o xaropinho faria bem melhor...Vamos ser sinceros, se temos que investir agora, na reta final de campanha  em carros som, em panfletagens, fazendo carreatas na capital, mostrando que a criação dos novos estados Tapajós e Carajás também será bom para eles, bom para o setor agrícola, empresário, indústria, enfim, para todo mundo.:“A campanha negativa do Não, não e não só serve para políticos que querem pegar votos “de intera” como eles fazem; “meu voto é da região Tal, mas” intero” com X votos em Uruará, em Rurópolis”; quer dizer nós ficamos sem representatividade, sem aquele político lutador, brigador pelas nossa micro regiões e regiões, principalmente em Uruará.
Blog do Xarope- Prefeito, como está sendo feito o trabalho pelo plebiscito no município de Uruará?
Eraldo Pimenta- A campanha pelo SIM está a todo vapor em Uruará. Há dois meses nós abrimos um Comitê Pró Tapajós no município. Inclusive nós temos equipes nas ruas distribuindo farto material, adesivos em todos os carros do Uruará.  Ou seja, os prefeitos estão fazendo sua parte. Agora resta saber para onde estão indo os nove milhões que disseram que está sendo investido. Se existe uma crítica, existe uma contra resposta nesse sentido; por que vamos pagar uma fortuna a uma pessoa quando se deveria estar gastando em material de campanha, de propaganda, mas lá em Belém. Essa é a realidade.
Blog do Xarope- Prefeito, ainda sobre o município de Uruará, o senhor tem resgatado alguns compromissos, no caso a situação da Pimentolândia, como está sendo desenvolvido?
Eraldo Pimenta- A Pimentolândia é um exemplo claro de que o Bem sempre vence o Mal, onde a verdade prevalece sobre a mentira. Houveram tantas denúncias, mas hoje os próprios moradores estão abismados; impressionados com a velocidade com que a obra está acontecendo. O grande sonho desses moradores era ter três ou quatro postes de energia para eles poderem puxar “gatos” pra suas casas, mas hoje eles vão poder contar com energia segura, firme e de alta tensão, casa pronta com água potável, uma diferença gritante.  Quanto á pessoas perversas, de coração mau, que não querem o desenvolvimento de Uruará não queriam que a obra fosse concluída.

Blog do Xarope- Como o senhor, que é o presidente do Consórcio Belo Monte, está vendo as críticas pesadas que existem contra o Consórcio Belo Monte?
Eraldo Pimenta- O Consórcio Belo Monte, na Barragem, poderá ser o resgate da dívida que o governo Federal deve há muitos anos a esta região. Será bom para todos, se for refletir, será bom para o Pará todo. Nós vamos ter oportunidade de mostrar que temos um Estado forte, que produz energia, que produz ferro, que tem a mineradora Vale do Rio Doce, onde só o lucro líquido da Vale em um ano foi de 30 bilhões de reais. E ainda dizem que Belo Monte é um absurdo!!! Belo Monte vai produzir energia dando equilíbrio energético para o Brasil por anos a fio, ou seja será altamente sustentável e uma energia limpa.

5 comentários:

  1. Comentário: Juscelino

    PALAVRAS ASSASSINAS DO BELENENSE ELISEU PATRIOTA SOBRE A CARREATA DO SIM NO DOMINGO

    Sinto falta de gente igual o lendário Almir...

    Nunca votei no mesmo, mas hoje votaria só para ele mandar a polícia daqui de Belém matar todos os separatistas numa curva qualquer, num lugar qualquer, mum Sul qualquer...

    A polícia daqui dá conta de todos... é só colocar em fila de 7 em 7

    Eliseu Patriota - Via Facebook

    É ESSE O PARÁ QUE QUEREMOS, CHEGA DE COLONIALISMO ?
    SIM AO DESENVOLVIMENTO.

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  2. COMENTÁRIO DE ANDRE PAXIUBA SOBRE AS PALAVRAS DO GOVERNADOR SIMÃO JATENE APRESENTA DADOS INTERESSANTES.

    Permita-me lembra-lhe governador de alguns números para o senhor refletir melhor: O Pará possui algo em torno de 5.300km de rodovias estadual asfaltada. No Tapajós são apenas 127km; em 2010 o governo do estado gastou em despesas públicas e investimento aproximadamente R$ 12 bilhões de reais. No tapajós que detém 58% de todo território do Pará, o gasto foi de R$ 520 milhões, menos de 5%. A renda percapta do município de Santarém está estacionada em R$ 454,00 reais. O governo não tem capacidade de investimento pois fecha o ano com déficit fiscal de (R$ 110milhões em 2010). Como dar solução a esses problemas com um Estado gigante e deficitário? A solução governador é mesmo a emancipação do Tapajós. Diga 77 o senhor também.

    O Pará já está dividido, sempre esteve. Portanto, que seja legalizado como tal, já que um povo não pode viver subjugado. O povo não pode ser infeliz. Pessoas não podem conviver com mágoas. Vamos votar Sim ao Tapajós, será nossa carta de alforria.

    O plebiscito é um processo democrático – Esta é a primeira vez que o povo do Pará é chamado para tomar uma decisão importante, decisão que pode mudar sua vida para melhor. Mas as velhas elites políticas de Belém não gostam disso. Tudo que pode ser melhor para o povo contraria a vontade dessas elites, acostumadas a mandar e decidir pelo povo, a se dar bem com o dinheiro público. Esta é uma rara oportunidade que têm os paraenses para mudar o rumo da sua própria história e construir um futuro melhor para esta e as gerações futuras.

    ESTADO DO TAPAJÓS É DESENVOLVIMENTO.

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  3. Agora ficou ruim para o povo de Uruará, o prefeito Eraldo Pimenta conseguiu de vez calar a voz do povo, a radio regional fm é do prefeito, a TV local também, só tiamos o blog Uruará em foco para nos expressar sem represalia mais parece que o prefeito Eraldo Pimenta deu um cala boca no Valdecir tão forte que ele acabou bloqueiando os anonimos, poxa Valdecir até vc, depois que o cara da mota desce a ripa, neguinho fic falando que o cara é bocudo, tô quase achando que o cara da moto tem mesmo razão, ah tem mais o jornalzinho do Denei não guentou nem duas semanas o prefeito comprou toda produção durante os dois anos restante do seu mandato, ou seja o Denei vendeu o jornal da folha, vamos fazer uma campanha, volta, volta, o anonimo Valdecir.

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  4. Divisão do Pará - A síndrome do cobertor curto.


    A razão pela qual as regiões de Tapajós e de Carajás estão abandonadas é a mesma pela qual fica difícil a separação.

    Os eleitores do Pará remanescente são o dobro dos eleitores das duas outras regiões, isso explica tudo.

    A ironia é que quando o número de eleitores se equiparar, não vai dar mais tempo de reparar o estrago e a divisão será feita.

    Por outro lado, como o Pará é o segundo Estado mais pobre da união, se o governo investir mais (do que sobrar após a corrupção ter retirado o seu quinhão), em Tapajós e Carajás, vai perder apoio e votos no Pará remanescente.

    É a síndrome do cobertor curto, já que os governos não querem reduzir a corrupção, para cobrir uma parte, tem que descobrir a outra (ou as outras).

    SOMENTE A EMANCIPAÇÃO TRARÁ DESENVOLVIMENTO.

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  5. JORNALISTA DA REVISTA ISTO É

    Carajás e Tapajós: Dividido em três, o Pará será mais rico e mais cobrado pela população
    Artigo: Leonardo Attuch / Colunista da ISTOÉ

    Nas mãos dos eleitores do Pará, no domingo 11, o Brasil tem uma chance histórica para dar dois passos à frente. Cerca de 4,6 milhões de paraenses irão às urnas para votar no plebiscito que pode dividir sua atual área territorial em três, criando dentro dela os Estados de Carajás e Tapajós. À primeira vista, de pronto se enxerga mais políticos (dois governadores, seis senadores, dezenas de deputados federais e estaduais) e novas estruturas de poder (sedes governamentais, assembleias legislativas, etc.). Uma antevisão, infelizmente, forte o suficiente para embotar a razão, mas que precisa ser ultrapassada. Esses dois novos Estados, se aprovados, terão extrema importância para a economia não só do Pará, mas de todo o Brasil.

    Tome-se, em benefício da análise, as mais recentes criações de Estados no Brasil. É consensual, hoje, que o corte do antigo Mato Grosso em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, efetuado em 1977, foi um acerto de duração permanente, mesmo tendo ocorrido em plena ditadura militar. A divisão daquela imensa área levou para municípios e populações antes desassistidas novos serviços públicos. Estes, por sua vez, aceleraram o desenvolvimento econômico e social regional, consolidando atualmente Mato Grosso do Sul como um dos maiores produtores de alimentos do País. Não houve, como contrapartida, qualquer esvaziamento da riqueza inerente a Mato Grosso. Mais recentemente, em 1988, nasceu, de um vértice de Goiás, o Estado do Tocantins. Imediatamente após sua criação, a nova capital, Palmas, tornou-se um grande polo de atração de indústrias e serviços.

    Onde hoje há apenas o gigantesco Pará, com seu 1,24 milhão de km² (equivalente a quatro Itálias!) de conflitos sociais e péssimos indicadores de ­desenvolvimento humano, amanhã o quadro tem tudo para ser outro – caso os eleitores locais superem a desinformação inicial e abram passagem para o crescimento. Vítima do desmatamento, por meio do qual o banditismo impera e se produz um noticiário repleto de crimes políticos e chacinas, sabe-se, há muito, que a atual estrutura de governo do Pará é insuficiente para elucidar todas as suas complexas equações. Os fracassos administrativos se acumulam, governo após governo, à esquerda ou à direita. A verdade é que há, naqueles limites, um Estado cujo tamanho equivale ao de vários países europeus, mas apenas um único e singular governo.

    Ao mesmo tempo, Carajás e Tapajós nasceriam sobre terras férteis para a agricultura, ricas para a mineração e amplas o suficiente para que nelas conviva o gado. Administrações mais próximas da população local seriam mais cobradas, melhor fiscalizadas e teriam, dessa forma, renovadas condições para preencher o atual vácuo administrativo.

    O Brasil, cujo tamanho territorial é comparável ao dos Estados Unidos (8,5 milhões de km² contra 9,6 milhões de km²), chegou a um PIB de US$ 2,19 trilhões em 2010. O irmão do Norte, mesmo combalido, atingiu US$ 14,7 trilhões – mais de seis vezes maior. Aqui, são 27 Estados. Lá, 50. A relação entre produção de riquezas, território e organização administrativa, goste-se ou não, é direta.

    EMANCIPAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

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