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Abaré suspende atividades, ONG tenta negociações

Secretaria de saúde entrou com uma ação na justiça, reinvindicando a permanência do barco.

Após o anúncio da suspensão das atividades do barco Abaré em Santarém no dia 2 de fevereiro, o Projeto Saúde e Alegria e a Prefeitura de Santarém tentam negociações com a organização holandesa Terre Des Hommes(TDH), proprietária do navio Abaré.
O coordenador da ONG Saúde e Alegria, Caetano Scannavino, realizou um contato o presidente da organização e obteve resposta significativa. “Ele pediu só mais uns dias até o final da semana que vem. Então a gente pode dizer que existe um fim de esperança. A nossa torcida é que ele reveja essa decisão com mais bom senso e reestabeleça as tratativas com prefeitura”,relata.
Os motivos da saída do barco para outro estado, não foram esclarecidos pela organização Terre Des Hommes. Segundo o secretário de saúde do município, Emanuel Silva, a ONG dona do barco havia comunicado sua intenção de encerrar o atendimento desde setembro de 2011.
A secretaria de saúde entrou com uma ação na justiça, reinvindicando a permanência do barco que atendia mais de 15 mil ribeirinhos.

A unidade fluvial de saúde foi base modelo para o Ministério da Saúde autorizar a construção de mais 32 barcos para atendimento na região amazônica. Em Santarém, duas unidades fluviais funcionariam com a permanência do Abaré.
Com a paralizasão dos serviços do Abaré 1, o Abaré 2 deve atender as comunidades ribeirinhas das regiões do Tapajós e Arapiuns até a construção do Abaré 3.

Abaré: O Barco Abaré é uma Unidade Móvel de Saúde financiada pelo Terre des Hommes Holanda que atende aproximadamente 2.785 famílias ou 15.000 beneficiários de 73 comunidades nas duas margens do rio Tapajós, promovendo o acesso aos programas da atenção básica como pré-natal, PCCU, planejamento familiar, imunizações, saúde oral, saúde da criança, atendimentos médicos, pequenas cirurgias, atendimentos ambulatoriais e realizações de exames de rotina. Por este motivo o barco ganhou o nome de Abaré - sugerido pelos próprios comunitários – que, em tupi, significa o amigo cuidador.