terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Dupla de Gaúchos envolvidos com tráficos humanos já estão na penitenciária de Belém


Envolvidos em tráfico humano chegam a Belém (Foto: Polícia Civil/Divulgação)
A dupla de Gaúcho encaminhados para Penitenciaria
Os gaúchos Carlos Fabrício Pinheiro, 33 anos, de Cruz Alta (RS), e Adriano Cansan, 20 anos, de Nova Roma do Sul (RS), presos na região de Vitória do Xingu, em Altamira, na última quarta-feira (13), foram transferidos para a capital paraense, na noite desta segunda-feira (18). O avião com os presos chegou às 19h15 no Hangar do Estado, no Aeroporto Internacional de Val-de-Cans e já foram encaminhados para o Sistema Penitenciário.
A Secretaria de Segurança do Estado fornecerá mais detalhes do do tráfico humano em Altamira durante entrevista coletiva, às 10h desta terça-feira (19), na sede da Segup. Estarão presentes o delegado geral da Polícia Civil, Vilmar Firmino, a integrante da gestão do Pro Paz, Isabela Jatene, o secretário de Assistência Social, Heitor Pinheiro, o secretário de Justiça e Direitos Humanos, José Acreano Brasil Junior e o secretário de Segurança Pública, Luís Fernandes.
Carlos Fabrício e Adriano Cansan foram enquadrados no Código Penal Brasileiro, nos artigos 231-A, por tráfico de pessoas para exploração sexual; 218-B, por submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual pessoa menor de 18 anos; 228, por induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra forma de exploração sexual; 229 por manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual, visando lucro, ou por mediação direta do proprietário ou gerente, e 230, por tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente dos lucros ou fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem exerça a prática ilegal.
A casa de prostituição funcionava por meio de um esquema de tráfico interno de pessoas para exploração sexual, na zona rural de Vitória do Xingu, oeste do Pará. No local, cinco pessoas eram mantidas em cárcere privado – uma travesti, três mulheres adultas e uma adolescente – todas da região Sul do Brasil.
As vítimas foram devolvidas aos familiares em seus Estados de origem e a casa de prostituição foi desativada. Carlos e Adriano foram presos em flagrante e encaminhados para a sede da Superintendência da Polícia Civil na Região do Xingu, em Altamira, para lavratura dos procedimentos policiais.
O crime foi denunciado por uma adolescente de 16 anos, que fugiu do estabelecimento. A prática criminosa foi confirmada durante operação policial deflagrada pela Polícia Civil sob a coordenação do superintendente regional, delegado Cristiano Marcelo do Nascimento.
A denúncia foi apresentada à Polícia Civil por meio de representantes do Conselho Tutelar de Altamira procurados pela adolescente. A conselheira tutelar Lucenilda Lima foi procurada pela jovem, uma gaúcha nascida em Maraú, no Estado do Rio Grande do Sul. A garota denunciou que foi trazida do Estado de origem para o Pará, por um homem, há uma semana, sob a promessa de trabalhar em uma boate, onde ganharia R$ 14 mil por semana. Mas, ao chegar ao Pará, a situação eram bem diferente. Ela foi levada para a zona rural do município de Vitória do Xingu, onde ficou levada ao prostíbulo, situado no interior de um sítio, na localidade de Vila São Francisco, localizada a uma distância de 20 quilômetros de dois canteiros de obras - “Pimental” e “Canais e Diques” -, da Hidrelétrica de Belo Monte.

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