Para que ouçam o batido do martelo, basta sua excelência o governador
Simão Jatene anunciar pública, formal e claramente o que ele, em
privado, mas claramente, tem sinalizado: será mesmo o candidato a um
segundo mandato, no pleito de outubro do próximo ano.
O Espaço Aberto ouviu ontem de fonte confiável que o governador, como ainda em 2006, ao findar seu primeiro mandato, continua contrário ao instituto da reeleição.
Consolidou suas convicções de que a reeleição reforça os ismos que degradam, deformam e desvirtuam a política, entre eles o caciquismo e o patrimonialismo.
Jatene, segundo a mesma fonte, também está certo de que a reeleição leva o governante em primeiro mandato a só pensar naquilo, ou seja,
O Espaço Aberto ouviu ontem de fonte confiável que o governador, como ainda em 2006, ao findar seu primeiro mandato, continua contrário ao instituto da reeleição.
Consolidou suas convicções de que a reeleição reforça os ismos que degradam, deformam e desvirtuam a política, entre eles o caciquismo e o patrimonialismo.
Jatene, segundo a mesma fonte, também está certo de que a reeleição leva o governante em primeiro mandato a só pensar naquilo, ou seja,
Jatene com rejeição a nivel elevado no Oeste do Pará |
em se reeleger. Sentando-se na cadeira - de prefeito,
governador ou presidente da República -, já começa a piscar os olhinhos
para um próximo quatriênio.
E então? Como sua excelência explica o fato de ser resistente à reeleição e, ao contrário de 2006 - quando abriu mão, em favor de Almir Gabriel, do direito natural, digamos assim, de concorrer a um segundo mandato -, já estar preparando o terreno para uma recandidatura?
Jatene tem avaliado que, na política, uma coisa pode ser uma coisa agora, mas logo depois é outra coisa, completamente diferente.
O governador tem lembrado a interlocutores que em 2006, quando ele próprio já se manifestava contrário à reeleição, o PSDB tinha em Almir Gabriel uma grande liderança que demonstrava inequivocamente a vontade, a disposição de voltar ao governo do Estado.
E então? Como sua excelência explica o fato de ser resistente à reeleição e, ao contrário de 2006 - quando abriu mão, em favor de Almir Gabriel, do direito natural, digamos assim, de concorrer a um segundo mandato -, já estar preparando o terreno para uma recandidatura?
Jatene tem avaliado que, na política, uma coisa pode ser uma coisa agora, mas logo depois é outra coisa, completamente diferente.
O governador tem lembrado a interlocutores que em 2006, quando ele próprio já se manifestava contrário à reeleição, o PSDB tinha em Almir Gabriel uma grande liderança que demonstrava inequivocamente a vontade, a disposição de voltar ao governo do Estado.
Aliás, e só para relembrar, em junho de 2008 Jatene deu uma longa entrevista ao Espaço Aberto.
Foram duas horas de conversa, em que ele falou de tudo, inclusive da necessidade de qualificar o debate político.
Àquela altura, Simão Jatene negou enfaticamente especulação que à epoca corria à farta, de que ele não teria se empenhado em favor da eleição de Almir porque, em verdade, queria mesmo ser o candidato tucano à reeleição, o que seria natural, já que era o governador do Estado na época.
Disse então, na entrevista ao Espaço Aberto:
“Isso não tem a menor procedência. Não tem o menor fundo de verdade. Eu jamais pensei em concorrer à reeleição. Por convicção, por princípio, sempre fui contra a reeleição. E nisso, aliás, sempre divergi do Gabriel. Sempre achei que reeleição não é salutar. Todos no partido conheciam essa minha posição. O que aconteceu, então? Tínhamos que eu não queria disputar a reeleição, e o Gabriel queria candidatar-se a um terceiro mandato. Juntou-se, portanto, a fome à vontade de comer. E ele se candidatou, com o apoio de todos nós.”
Pois é.
Naquele contexto, juntando-se a fome à vontade de comer, Jatene saiu do
páreo e abriu caminho para Almir, que foi o candidato e, como se sabe,
viria a perder a eleição para a petista Ana Júlia (PT).
No atual contexto, junta-se igualmente a fome à vontade de comer, porque
Jatene é o candidato natural dos tucanos, porque acha que os dois
primeiros anos de seu atual governo foram muitíssimo mais difíceis do
que os anos de 2003 e 2004 (quando ele administrou o Estado pela
primeira vez) e porque considera que, para levar a termo o projeto que
preparou para governar o Estado, vale a pena encarar a disputa por um
segundo mandato.
Isso tudo, repita-se, mesmo que o governador continue achando que o
instituto da reeleição não é saudável para a democracia brasileira.
E, afinal de contas, quando é que o governador vai antecipar claramente
sua disposição de entrar na arena - ou no octógono, se vocês quiserem -
da reeleição?
Por enquanto, essa questão não será antecipada; pelo menos claramente, não.
O governador prefere ficar na dele.
Mas saibam todos. Jatene vem aí.
Vem aí para um segundo mandato.
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