Um ano depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) definir a sentença
dos políticos e empresários que operaram o maior esquema de corrupção
do país, parte dos condenados pelo escândalo do mensalão foi para a prisão na
noite desta sexta-feira. Dos doze mensaleiros cujas prisões foram
decretadas pela Justiça, dez se entregaram à Polícia Federal em São
Paulo, Minas Gerais e no Distrito F
ederal.
A lista dos primeiros detentos do mensalão inclui o ex-ministro José
Dirceu, o operador do mensalão, Marcos Valério de Souza, e o
ex-presidente do PT José Genoino. Além dos três, outros sete condenados
já estão na carceragem da polícia: Kátia Rabello, Simone Vasconcellos,
Jacinto Lamas, Ramon Hollerbach, Cristiano Paz, José Roberto Salgado e
Romeu Queiroz.
Faltam se apresentar o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o
ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato. Caso eles não se
entreguem à polícia nas próximas horas serão declarados foragidos.
Delúbio é aguardado na sede da PF em Brasília na manhã deste sábado,
conforme acordo feito com seu advogado. Pizzolatto não foi encontrado
pelos agentes da PF em seus endereços no Rio de Janeiro.
O primeiro mensaleiro a se entregar foi o deputado licenciado José
Genoino (SP), que presidia o PT na época do estouro do escândalo. Ele se
apresentou à sede da PF em São Paulo às 18h20. Na porta do prédio da
PF, ergueu o braço com o punho cerrado, num gesto repetido duas horas
depois pelo ex-ministro José Dirceu. Os dois passarão a noite no local e
só deverão ser transferidos para Brasília no domingo, quando se
apresentarão ao juiz da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal,
que definirá os locais onde cada um cumprirá sua pena.
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