A
microrregião de Altamira, no sudoeste do Pará, ocupou a oitava colocação
no Brasil na taxa de homicídios em 2014, quando foram registradas 71,7
mortes por cada grupo de 100 mil habitantes. A microrregião de Altamira,
que engloba os municípios de Anapu, Brasil Novo, Medicilândia, Pacajá,
Senador José Porfírio, Uruará e Vitória do Xingu é mais violenta até que
a capital, Belém (20ª), com taxa de 60,1. É o que revela o Atlas da
Violência 2016, divulgado esta semana pelo Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com o Fórum Brasileiro de
Segurança Pública (FBSP).
De acordo com o estudo, em 10 anos – de 2004 a 2014 – houve um
crescimento de 93,5% na taxa de homicídios no Pará (6° mais violento).
Em números de homicídios, o acréscimo, no mesmo período, foi de 126,5%,
passando de 1.522 registros para 3.447 – quase 10 assassinatos por dia.
No entanto, a pesquisa aponta que o Estado tem reagido nos últimos anos,
com queda de 8% na taxa de homicídios entre 2010 e 2014, e de 1,2%
entre 2013 e 2014. Em números absolutos, os resultados são mais tímidos.
Foram 98 homicídios a menos (-2,76%) na análise do período de quatro
anos e o aumento de cinco casos no intervalo dos últimos dois anos
analisados.
De acordo com o levantamento, o Pará é o Estado que apresenta o maior
número de microrregiões na lista das vinte mais violentas do País. É o
caso de Altamira, na oitava posição, com taxa de 71,7 homicídios a cada
100 mil moradores; Parauapebas (11ª), com taxa de 70,1; Marabá (13ª),
com taxa de 64,8; e Belém (20ª), com taxa de 60,1. Nesse ranking, a
aglomeração urbana de São Luís e de Fortaleza aparecem como as mais
violentas do País, com taxas de 84,9 e 81,1 respectivamente. Cotegipe,
na Bahia, aparece como a mais pacífica, com média de 1,8 para cada 100
mil.
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