O principal acusado de chefiar o esquema de corrupção na saúde do
Amazonas, o médico Mouhamad Mustafa sabia ou imaginava que suas
malfeitorias eram alvos de investigação policial, foi o que revelaram
conversas telefônicas mantidas entre ele e uma sócia, divulgadas ontem
pela Rede Globo.
É o tipo de criminoso para o qual não existe defesa: ele confessa o
crime antes de ser preso ou julgado. Vai ter tempo para relaxar, como
disse sua cúmplice Jennifer, mas isso não acaba aí. Fica o governo do
Estado na obrigação de demitir sumariamente agentes públicos direta ou
indiretamente envolvidos - por omissão ou cumplicidade com os
criminosos. Se necessário, cortar na própria carne - onde mais doi.
Nesse aspecto, cumpre indagar por que a fiscalização da Secretaria de
Saúde era explicitamente falha? Uma empresa contratada para realizar
um serviço essencial não cumpria o contrato previamente estabelecido,
mas recebia com espantosa facilidade por ele. Relações promíscuas de
agentes públicos com os envolvidos devem ser rigorosamente punidas.
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