Agnaldo Rosas - Advogado
No dia 12 de dezembro, a pedido do Ministério Público Federal, que entendeu serem frutos de propina os depósitos milionários realizados por empresas sob investigação na Operação Calicute ao escritório de advocacia da qual Adriana Ancelmo é titular, foi decretada a prisão preventiva desta.
Argumenta-se, também, que Adriana ocupava posição central na organização criminosa capitaneada por seu marido e ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, também preso desde o dia 17 de novembro. O ora casal de presidiários tem dois filhos, um de 10 e outro de 14 anos, e negam envolvimentos em irregularidades.
No dia 14 de dezembro, o Tribunal Regional Federal do Rio de Janeiro julgou e negou, por maioria, pedido de habeas corpus impetrado a favor de Adriana, que, alternativamente, requereu fosse convertida a prisão preventiva em domiciliar. Chamou atenção o voto único do desembargador federal, Ivan Athié, pela concessão de prisão domiciliar ao dizer que: “Nenhuma vaca lambe o bezerro da outra”, referindo-se ao fato de que a advogada tem dois filhos, menores, que precisam dela. Não convenceu a maioria dos seus pares.
A procuradora federal, Silvana Batini, em parecer, já os havia lembrado de que o Brasil tem umas 36 mil mulheres presas (7% da população carcerária), que tem filhos mais novos e continuam nos presídios.
Uma coisa é certa: Ficou muito claro que o senhor desembargador, Ivan Athié, voto vencido, entende muito bem de questões campestres, também.
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