Morte aconteceu após uma operação da Polícia Militar no domingo (15). Polícia Civil diz que houve demora na apresentação do caso pela guarnição a 16ª Seccional.
A família de Marlisson Xavier, de 23 anos, morto durante uma ação da Polícia Militar, diz que o jovem saiu preso e com vida da comunidade Santana do Ituqui, em Santarém, no oeste do Pará, no domingo (15). De acordo com a PM, o jovem morreu após tentar trocar tiros com a guarnição.
À TV Tapajós o irmão da vítima, que preferiu na se identificar, informou como ficou sabendo da morte. “Um vizinho da comunidade ligou e disse que meu irmão tinha sido preso à noite. Para nossa surpresa, ele chegou pra cá morto. Tem vizinhos que viram a prisão dele, não teve tiroteio, não teve nada. Queremos justiça. Por que não só prenderam ele? Por que mataram?”, entre lágrimas, contou.
Ainda no domingo, a família da vítima registrou o Boletim de Ocorrência na 16ª Seccional de Polícia Civil.
Versão da PM
Major da PM, Ausier Furtado |
A polícia montou a operação pois recebeu denúncias anônimas que indicavam que havia tráfico de drogas em Santana do Ituqui. Conforme a Polícia Militar, após a ação, já ferido, o jovem foi levado com vida ao Pronto Socorro Municipal em Santarém, mas não resistiu aos ferimentos e morreu a caminho.
“Ao chegar lá em uma residência, ao adentrar se depararam com dois elementos, sendo que um empreendeu fuga e o outro tentou contra a guarnição, usando uma arma. A guarnição respondeu a agressão atingindo o elemento”, disse o major da PM, Ausier Furtado.
Ainda segundo a PM, foram apreendidas na casa onde Marlisson estava: drogas, uma espingarda e mais de R$ 400. O jovem já tinha cumprido pena no presídio de Santarém por tráfico de drogas.
O corpo foi encaminhado ao Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPC), mas conforme o delegado Lucivelton Ferreira, o procedimento foi feito com irregularidades pelos policiais militares.
“Primeiramente é comunicado à delegacia, solicitamos a perícia, intimamos depoimentos de testemunhas para poder instruir o inquérito. Nós não recebemos nenhuma comunicação oficial do óbito, nem da apresentação da arma e da droga. Estamos aguardando e ouvindo parentes da vítima”, disse. Até às 19h30 de domingo o caso não tinha sido comunicado à Polícia Civil.
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