O árbitro Marco José Soares de Almeida foi inocentado da suspeita de manipulação de resultado em jogo da Série B do Parazão. Em depoimento nessa terça-feira, 8, o jornalista esportivo Lino Machado, acusado pela defesa do árbitro – liderada pelos doutores Gustavo Melo e Eduardo Ferro, da “Ferro e Melo – Advogados” – de ter forjado um áudio de uma suposta conversa com Marco José, disse à Polícia Civil do Pará que em momento algum esteve com o árbitro e culpou o Vila Rica pela repercussão do caso.
O Portal Roma News teve acesso com exclusividade ao documento do depoimento do jornalista Lino Machado. Acompanhado de seus advogados, ele relatou as autoridades policiais que “no dia 23 de outubro recebeu o contato do senhor Frederico José Silva de Carvalho (Fred Carvalho), consultor do Vila Rica”. Naquele momento, segundo registrado em depoimento, Fred Carvalho teria enviado vídeos apontando erros da arbitragem na partida entre Vila Rica x Santa Rosa, pelo primeiro jogo das quartas de finais da competição, que aconteceu no dia 22 de outubro.
Durante o depoimento, o jornalista relatou que Fred Carvalho pediu que ele “fizesse uma reportagem com o presidente e o executivo de futebol do Vila Rica sobre a arbitragem do referido jogo”. No entanto, a tal reportagem não foi feita por decisão do jornalista.
A partir de então, o jornalista relatou em depoimento que chegou a enviar para Fred Carvalho a foto do árbitro Marco José Soares de Almeida, então escalado para o segundo jogo entre Santa Rosa x Vila Rica, e obteve uma “vai pra cima” como resposta. Naquele momento, foi perguntado que “se mandasse algo para Frederico, se ele garantia que não ‘vazaria'”. A resposta de Fred Carvalho, segundo consta em depoimento, foi: “zero, assunto meu e seu”.
O jornalista confirmou à Polícia Civil do Pará que o áudio, que foi apresentado pelos advogados do Vila Rica à FPF e à Polícia relatando uma conversa onde era combinado, de forma indireta, a manipulação de resultado, não era de uma conversa com Marco José Soares de Almeida, mas sim de uma terceira pessoa que não foi citada nominalmente no depoimento. Essa pessoa “se passou pelo árbitro”.
Propostas financeiras
Logo em seguida ao envio do áudio, Fred Carvalho teria feito duas propostas financeiras para o jornalista repassar ao suposto árbitro, segundo relatado em depoimento. As propostas giravam em torno de R$ 5 mil pela aplicação de cartões amarelos aos jogadores do Santa Rosa e outra no valor de R$ 10 mil para, além dos cartões, o árbitro marcar até dois pênaltis para o Vila Rica.
As mensagens, segundo dito pelo jornalista em depoimento, foram logo apagadas por Fred Carvalho. Porém, ficou a parte em que o diretor executivo do Vila Rica dizia “pode fechar com ele”.
Por fim, o jornalista reiterou que “nunca se dirigiu ao árbitro Marco José Soares de Almeida para tratar sobre o teor das acusações, nunca ofereceu dinheiro em nome de terceiros e, apesar do Frederico ter falado sobre valores, não houve qualquer depósito ou entrega de valores” para ele e que “a voz do áudio não é do árbitro Marco José”. O jornalista disse ainda que no dia 26 de outubro, véspera do segundo jogo entre Santa Rosa x Vila Rica, ligou para Marcos José Soares de Almeida para “desejar boa sorte”.
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