Ana Marcela Cunha admite ter engolido água do Sena: 'Vamos rezar'

 

Durante a prova, a atleta mencionou problemas relacionados à qualidade das águas do rio Sena, que têm gerado polêmica.

Ana Marcela Cunha, campeã olímpica em Tóquio e quarta colocada na maratona aquática dos Jogos Olímpicos de Paris, se emocionou ao encerrar sua participação na prova realizada no rio Sena. Aos 32 anos, a atleta brasileira não escondeu a tristeza por não ter conquistado uma medalha, mas expressou gratidão pelo apoio recebido e pela oportunidade de competir."É sair sorrindo, feliz. Dentro de um ano eu me reencontrei no esporte, então acho que eu tenho que estar feliz; são poucos que estão aqui representando o Brasil. A gente quer representar da melhor forma possível. Meu choro é porque eu não sei se vou ter outra oportunidade. Mas eu só quero agradecer, muito, ao COB (Comitê Olímpico Brasileiro) principalmente, que me apoiou muito. À Confederação Brasileira de Esportes Aquáticos também porque, no momento que eu precisei virar uma chave, eles estavam comigo," disse Ana Marcela, visivelmente emocionada.Durante a prova, a atleta mencionou problemas relacionados à qualidade das águas do rio Sena, que têm gerado polêmica. "Teve gente que veio aqui e não saiu se sentindo tão bem, teve gente que ficou meio mareado. Não senti cheiro, nem nada. Vamos ver nos próximos dias. Mas não acredito, a gente acredita na organização, não acho que eles iriam brincar com a saúde dos atletas. É deixar isso pra lá e só fazer. Eu não vi nada. Foi umas goladas pra dentro. Vamos rezar pelo próximo dia e tá tudo certo," acrescentou, aliviando as preocupações quanto à qualidade da água.

Ana Marcela Cunha e a também brasileira Viviane Jungblut participaram da prova dos 10 quilômetros, com Jungblut terminando em nona posição. A prova foi marcada pela vitória da holandesa Sharon van Rouwendaal, enquanto a brasileira ficou a cerca de 42 segundos da campeã.