sexta-feira, 2 de agosto de 2024

Aumento de queimadas é desafio operacional para o Corpo de Bombeiros de Santarém


De janeiro a julho de 2023 foram 41 ocorrências de incêndio em vegetação. No mesmo período de 2024, foram 71.De acordo com o Corpo de Bombeiros, o crescimento do número de queimadas em Santarém, oeste do Pará, está diretamente relacionado à ação humana, mesmo diante das constantes campanhas de conscientização. E o aumento no número de ocorrências de fogo em vegetação tem sido uma preocupação e um desafio para o 4º Grupamento de Bombeiros Militar (4º GBM).De acordo com dados do 4º GBM, no período de 1º de janeiro até 30 de julho deste ano, o número de ocorrências em 2024 já ultrapassou os registros do mesmo período do ano passado."Ano passado, tivemos 41ocorrências de incêndio em vegetação até a data de hoje. Este ano, já registramos 71, um aumento de quase 100%. Infelizmente, estamos quebrando recordes que preferíamos evitar", afirmou a sargento do Corpo de Bombeiro, Júlio César Galúcio.Ainda de acordo com o sargento, tradicionalmente, o primeiro semestre costuma ser de poucas ocorrências devido ao inverno amazônico, mas este ano a situação mudou drasticamente, com um aumento expressivo de casos já em julho.O crescimento das queimadas, segundo Galúcio, está diretamente relacionado à ação humana. Apesar de constantes campanhas de conscientização, grande parte dos incêndios começa por descuido de moradores que queimam lixo ou limpam seus terrenos sem os devidos cuidados."Infelizmente, a população ainda não entende que esses incêndios têm consequências graves para o meio ambiente e para a saúde pública, como vimos no ano passado, quando Santarém ficou coberta de fumaça por semanas", lamentou a sargento.Outro desafio enfrentado pelo Corpo de Bombeiros é a dificuldade de deslocamento em Santarém. O crescimento urbano e o aumento do tráfego têm dificultado o acesso rápido das viaturas aos locais das ocorrências."Estamos cientes dos pontos críticos de trânsito na cidade e, quando possível, evitamos passar com as viaturas maiores. Temos direcionado as menores, que são mais ágeis, para esses incidentes. Porém, em casos como o de ontem, em que um incêndio ocorreu próximo a uma subestação de energia, a situação se torna ainda mais crítica e exige uma resposta rápida", explicou.

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