A importância dos exames e a segurança da cirurgia cardíaca: duas histórias de superação em Altamira (PA)

As artérias coronárias obstruídas, popularmente conhecidas como “veias do coração entupidas”, representam um sério risco à saúde cardiovascular.

Para muitos, o tratamento pode ser realizado com medicamentos ou colocação de stent, mas em casos mais graves, a intervenção cirúrgica se torna necessária.
Entre os procedimentos mais comuns está a cirurgia de coronária ou revascularização do miocárdio que foi criada há cerca de 57 anos, nos EUA, por um cirurgião argentino chamado Renê Favaloro.
Hoje, consiste no procedimento cirúrgico mais estudado da história da medicina.“A revascularização do miocárdio é o tratamento da insuficiência coronariana que mais alivia a angina, aumenta a sobrevida e reduz o risco de reinternações e reintervenções”, afirmou o médico cardiovascular Rodrigo Paez.
A cirurgia de revascularização do miocárdio, popularmente chamada de cirurgia de ponte de safena, consiste em criar novos caminhos (pontes) para o sangue que irriga o coração.
Estas pontes são anastomosadas (ou costuradas, popularmente falando) na aorta e nas coronárias adiante da lesão, ultrapassando o ponto obstruído.
Assim, levam o sangue e o oxigênio para as regiões que antes estavam prejudicadas.
Um exemplo recente é o caso do comunicador Wilson Soares, que, após uma série de exames, foi diagnosticado com duas coronárias ocluídas.
Ele precisou se submeter à cirurgia em um prazo máximo de 15 dias. Realizada em São Paulo, a operação foi liderada pelo Dr. Rodrigo Paez e incluiu a colocação de uma ponte safena, uma radial e duas mamárias.
“Ele nunca soube que tinha tido um infarto, mas algumas dores mais fortes e prolongadas podem ter sido um sinal”, explicou o médico.
Após 40 dias de recuperação, Wilson retornou a Altamira, onde agora adota uma nova rotina de alimentação e exercícios.
Ele se tornou um defensor da cirurgia, incentivando outros a buscarem avaliação médica.
“Apesar do grande corte no peito, o procedimento é muito seguro. Sempre aconselho quem precisa a fazer a cirurgia o quanto antes”,afirmou

Processo Cirúrgico de Wilson Soares , realizado no dia 3 de março , de 2024, em 
São Paulo

O paciente Wilson Soares completa nesta segunda-feira, 3 de março, sete meses desde que passou pelo processo cirúrgico.

Outro relato impactante é o de João Roberto Mendes, conhecido como João do Biscoito, que sofreu um infarto repentino. 

‘Sempre fui uma pessoa ativa, nunca tive problemas de saúde e não há histórico familiar de doenças cardíacas.
Por isso, recomendo a todos que façam exames pelo menos uma vez por ano’, alertou João, que sofreu o infarto no dia 18 de março do ano passado.
Ele foi reanimado por uma equipe médica da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Altamira, após 17 minutos sem vida, e também passou por uma cirurgia para implantar duas pontes safenas e uma mamária. 

“Fui para a sala de cirurgia muito tranquilo e consciente; os médicos me tranquilizaram bastante”, contou. 

João enfatiza a importância de realizar procedimentos cirúrgicos antes que seja tarde. 

“Procure o quanto antes fazer qualquer tipo de procedimento que você saiba que precisa e faça, porque se você operar antes de infartar, você volta muito melhor do que estava”, concluiu.

João do Biscoito , após a cirurgia cárdiaca realizada no Hospital Regional 
do Baixo Amazonas , em Santarém/PA

Essas histórias ressaltam a importância de realizar exames regulares e a segurança dos procedimentos cirúrgicos cardíacos. 

Não deixe a saúde para depois; procure um especialista e cuide do seu coração.

Fonte : A Voz do Xingu