A ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, confirmou nesta quarta-feira (29) que o país incluiu o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) no Registro de Pessoas e Entidades Vinculadas a Atos de Terrorismo (Repet). 
A medida, segundo ela, enquadra formalmente as facções como organizações narcoterroristas no território argentino.
A declaração foi feita em entrevista ao canal La Nación+, um dia após a megaoperação policial no Rio de Janeiro que deixou dezenas de mortos em comunidades controladas pelo CV.
Bullrich afirmou que os grupos já foram formalmente incluídos no Repet há cerca de um mês, mas ainda não aparecem no sistema online em razão de mudanças administrativas no Ministério das Relações Exteriores que atrasaram a atualização da base pública.
Segundo ela, há atualmente 39 brasileiros presos na Argentina, sendo cinco integrantes do Comando Vermelho e ao menos sete ou oito do PCC.
De acordo com ela, os detentos são monitorados sob vigilância rígida e permanecem isolados para evitar articulação interna, com base em sinais identificáveis como tatuagens e rituais típicos de iniciação.
Em declaração paralela, o ministro da Defesa, Luis Petri, defendeu o uso de força militar na proteção das fronteiras.
Em entrevista à mesma emissora, Petri afirmou que é necessário “exercer todo o poder que o Estado tem” para impedir a entrada de criminosos.
De acordo ele, o controle deve ser feito com apoio do Exército, além da Gendarmeria Nacional, sobretudo em áreas sensíveis.
No primeiro semestre, o governo argentino iniciou o envio de tropas às regiões fronteiriças com a Bolívia e o Paraguai.
O Ministério da Defesa informou em abril que também está prevista a presença das Forças Armadas na fronteira com o Brasil, embora essa mobilização ainda não tenha sido efetivada.
Fonte : Conexão Política
Por Redação Blog do Xarope
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