quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Escola do Estado pode desabar, e governo do Jatene não faz nada

De acordo com a diretora da 5ª Unidade Regional de Educação (URE), professora Glória Maria, o engenheiro da empresa Construtec, que venceu a licitação de cerca de R$ 500 mil, foi até a escola no início do primeiro semestre deste ano e disse para a diretoria que iria a Belém, para assinar o contrato na Seduc. Passados 07 meses, os serviços de reforma da Escola São Felipe ainda não iniciaram.

“O contrato ainda não foi assinado. A Seduc nos informou que estava faltando alguns detalhes para que a empresa inicie as obras. Os serviços estavam programados para começar no primeiro semestre deste ano”, reforçou Glória Maria.
Escola Estadual São Felipe
Escola Estadual São Felipe
As condições de estrutura e a demora na reforma da Escola Estadual São Felipe, localizada no bairro da Matinha, na periferia de Santarém, Oeste do Pará, preocupam funcionários, estudantes e a comunidade local. Os riscos constantes de desabamento da passarela e do telhado da área de recreação dos alunos levaram centenas de pais a procurar outra escola para matricular os filhos.
Diversos problemas estruturais são apontados por professores e alunos como: Fiação elétrica exposta, telhado cheio de buracos, madeira do telhado apodrecida por ação de cupins, banheiros masculino e feminino funcionando em precárias condições, buracos nas paredes de algumas salas, ventiladores parados sem condições de funcionar, entre outros problemas.
Em menos de dois anos, segundo os professores, a evasão de estudantes da Escola São Felipe para outros educandários de Santarém chegou a mais de 50%. No ano de 2010, de acordo com funcionários, a escola funcionava com mais de 1000 (mil) alunos. Hoje, pouco mais de 300 se arriscam a estudar nas salas de aula.
A reforma deveria ter sido iniciada no ano de 2010, porém, segundo fontes, a burocracia da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) emperrou as obras no educandário, prejudicando centenas de alunos, que residem em vários bairros periféricos de Santarém. A estrutura da área coberta foi condenada pelo Corpo de Bombeiros desde 2011, por conta de colocar em risco a vida dos alunos.
“A escola tem 33 anos e nunca passou por reforma. Foram construídos novos pavilhões e a parte elétrica está comprometida. A escola funciona com sobrecarga de energia. Quando funciona um pavilhão, tem que desligar o outro. Estamos almejando essa reforma, que a subestação elétrica será contemplada com a reforma”, declarou um professor.

PREOCUPAÇÃO: O aluno do 1º ano do ensino médio, Dorielson da Silva, acredita que se acontecesse um problema com algum aluno por causa da passarela que está quase desabando, rapidamente a Seduc iniciaria os serviços de reforma da Escola São Felipe. Ele reforça que desde o ano de 2010, os estudantes esperam pela reforma, mas que até o momento não saiu do papel.
“Vejo a falta de reforma na Escola como uma pouca vergonha, porque a gente fica aqui como palhaço! Estamos esperando essa reforma há mais de dois anos, mas ainda na esperança, porque se tivesse um filho do governador Jatene estudando aqui os serviços já estariam em atividade”, dispara o estudante.
Para Dorielson, todos os alunos correm risco quando entram na escola e passam pela passarela, onde os esteios estão apodrecidos. Ele afirma que todos os estudantes ficam com medo de serem vítimas de acidente.
“Dentro das salas, quando a gente liga os ventiladores, eles ficam balançando, provocando um risco muito grande. Em minha opinião, os estudantes deveriam fazer um manifesto bloqueando a rodovia federal para chamar atenção do Governador”, sugere.

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