domingo, 5 de fevereiro de 2023

Paraense presa na Indonésia fala com a família pela primeira vez: ‘emocionalmente estável’

A paraense presa e indiciada por tráfico de drogas na Indonésia, Manuela Vitória de Araújo Farias, 19 anos, conversou com a família pela primeira vez na sexta-feira, 3. A informação foi confirmada pelo advogado Davi Lira da Silva, contratado para defendê-la. A jovem embarcou de Florianópolis (SC) no final de dezembro e foi detida com aproximadamente três quilos de cocaína em Bali. Desde então, ela não havia conseguido contato com seus familiares.
Uma vaquinha online foi criada pela família e amigos para ajudá-la a conseguir um advogado especialista em tráfico internacional da Indonésia. Além dos familiares, a embaixada do Brasil na Indonésia também conversou com Manuela.
A preocupação da família de Manuela é grande. Na Indonésia, pessoas detidas com entorpecentes, em qualquer quantidade poderão ser condenadas a penas que variam de vários anos de prisão até a pena de morte.
A jovem mora em Santa Catarina, onde vive a mãe. Ela também tem residência no Pará, onde o pai mora. No Brasil, Manuela trabalhava vendendo perfumes e lingeries.
“Ela disse que está emocionalmente mais estável e que tem confiado em Deus. Que Ele é senhor do impossível e que tem uma nova história pra ela”, disse o advogado da paraense.
Entenda o caso
Manuela Vitória de Araújo Farias, 19 anos, está presa desde o dia 31 de dezembro na Indonésia. Ela foi capturada na ilha de Bali, no sudeste asiático, com 2,5 quilos de cocaína, uma hora antes do Réveillon. Uma organização criminosa abordou a paraense em Santa Catarina com a promessa de uma viagem à Indonésia. De início, ela não sabia que se tratava de uma trapaça e acreditou na fala dos criminosos.
Para que viajasse com tudo pago ao país asiático, desfrutando da estadia e da promessa de surfar, apesar de não ser profissional do esporte, ela precisaria fazer apenas uma coisa: levar uma encomenda. Após um tempo, a jovem teria desconfiado que se tratava de um golpe e então decidiu informar às pessoas que haviam lhe contratado que não faria mais a viagem. Foi então que eles supostamente a ameaçaram, dizendo que ela teria que devolver o dinheiro investido na compra das passagens para que outra pessoa pudesse ir em seu lugar, o que ela não tinha meios de fazer.
Por causa do medo, Manuela decidiu viajar. Ao chegar na Indonésia, foi presa e indiciada por tráfico de drogas.
No país, as leis são rigorosas para o tráfico de entorpecentes, com a condenação podendo ser de pena de morte ou prisão perpétua. Uma vaquinha online foi criada para ajudá-la a conseguir um advogado especialista em tráfico internacional da Indonésia, para tentar amenizar a pena. O pedido de doações via pix é para que a família possa arrecadar 150 mil dólares (o equivalente a R$ 750 mil), para os custos advocatícios.

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