sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Dez pessoas seguem desaparecidas após naufrágio de lancha no rio Pará

"Lancha naufragou na travessia para o Marajó e uma morte foi confirmada. Familiares de dez pessoas relataram desaparecimentos à Defesa Civil".

O Corpo de Bombeiros suspendeu no início da noite desta quinta (8) e vai retomar na manhã de sexta (9) as buscas pelos desaparecidos no naufrágio de uma lancha no rio Pará, ocorrido na tarde de quarta (7). Dez pessoas são consideradas desaparecidas até o momento, mediante informações prestadas por familiares e amigos dos passageiros, mas não há informação oficial sobre o número de passageiros e tripulantes da embarcação. Uma morte foi confirmada até a suspensão das buscas nesta quinta.

Segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) do Pará, a  embarcação seguia de Belém para o município de Ponta de Pedras, no arquipélago do Marajó, e naufragou por volta de 16h durante a travessia da baía do Marajó, entre as cidades de Barcarena e Ponta de Pedras, devido à forte maresia. O comandante da lancha envolvida no acidente declarou que a embarcação levava cerca de 50 passageiros, sem atingir a lotação máxima de 93 pessoas. A Segup orienta as pessoas que estejam com familiares desaparecidos a ligarem para o telefone da Defesa Civil no número 98899-6323.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, 41 passageiros foram resgatados com vida: 23 deles foram levados para Barcarena, no nordeste do Pará, três para Ponta de Pedras, no arquipélago do Marajó, e outros 12 desembarcaram, por volta das 20h da última quarta (7), no porto da Feira do Açaí, em Belém.
Segundo tenente Joelson Paes, do Corpo de Bombeiros, a maresia dificultou as buscas na área. "O maior problema encontrado por nós é a questão da maresia. Esse período do ano venta muito, então as maresias ficam em uma dimensão bem elevada e isso acaba complicando o serviço de busca", disse o militar.
Ainda de acordo com os bombeiros, novas vítimas de afogamento podem ser confirmadas após o prazo de 24 horas depois do naufrágio. "Normalmente, é o tempo que o corpo leva para emergir à superfície, caso venha a ter algum óbito (entre os desaparecidos). A localização da embarcação é fundamental, haja visto que só identificando o local e encontrando a embarcação nós poderemos sanar a dúvida se há alguém lá dentro ou não", explicou o tenente.
O corpo de Joaquim Boulhosa, de 53 anos, que morreu no naufrágio de uma lancha no rio Pará na última quarta-feira (7), deixou Belémx na tarde desta quinta-feira (8) e está sendo transportado pelos familiares para o município Ponta de Pedra, no arquipélago do Marajó. Lá, o corpo será velado na igreja que fica localizada na praça do centro da cidade e na manhã da sexta-feira (9) será enterrado no cemitério da cidade.

 

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