sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Paulinho Fonteles morre aos 45 anos

Morreu ontem, aos 45 anos, vítima de infarto fulminante, o ativista social, militante político, ex-vereador do PCdoB e poeta Paulo Fonteles Filho, o Paulinho, filho do ex-deputado estadual Paulo Fonteles, assassinado a mando de latifundiários em 1987. Centenas de pessoas foram ao velório, no auditório no hall de entrada da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), na Cidade Velha, em Belém, desde as 15h de ontem. O sepultamento será hoje, às 10h, no Cemitério de Santa Isabel, em São Brás.
Muitas pessoas ficaram emocionadas durante o velório de Paulinho Fonteles, que era casado e pai de seis filhos. “O Paulinho nasceu quando seus pais estavam presos pela ditadura militar. Ele passou a primeira infância longe deles e foi criado em Belém pela sua avó, a dona Cordolina Fonteles. Muito jovem, ele se envolveu com os movimentos socais e estudantil e se politizou na luta em defesa dos estudantes, dos trabalhadores e em defesa de uma pátria verdadeiramente comprometida com o povo nacional. O Paulinho era sonhador e poeta, com livros publicados e tinha um blog com muitos seguidores. Era um orador e formador de opinião, foi vereador, líder do governo na Câmara Municipal de Belém no governo do atual deputado federal Edimilson Rodrigues”, informou o médico Paulo Fonteles, primo de Paulinho.
O deputado federal Edmilson Rodrigues (PSOL) também se emocionou. “É muito difícil, porque, além da minha relação política e ideológica, havia uma admiração ao mesmo tempo pela personalidade determinada que ele tinha. À frente do Instituto Paulo Fonteles ele demonstrou seu momento maior de atividade, porque procurava a história e fazer a memória do pai e de pessoas lutadoras pelo povo, e outros fatos importantes da história. Ele tinha uma série de projetos realizados com paixão e determinação. Sou amigo da mãe dele, Hecilda Fonteles, trabalhamos juntos como educadores e fui companheiro do pai dele, então havia uma relação de amor. Para mim a morte dele foi uma surpresa, é difícil aceitar, a gente precisava dele, mas temos que administrar essas coisas”, disse o deputado.

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