quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Vazante dos rios está entre as três maiores dos últimos 15 anos no oeste do Pará

Avaliação foi feita pela 4ª Regional de Defesa Civil. Para a Defesa Civil Municipal, é a maior dos seis últimos anos.
Bombeiros e Defesa Civil foram até a região do Aritapera ver de perto a escassez de água que aflige os moradores (Foto: Comdec/Divulgação)
Bombeiros e Defesa Civil foram até a região do Aritapera ver de perto a escassez de água que aflige os moradores (Foto: Comdec/Divulgação
A vazante acentuada dos rios no verão de 2017 tem sido motivo de preocupação para os órgãos de Defesa Civil. 
O baixo volume de água dos rios Tapajós e Amazonas em Santarém e outros municípios do oeste do Pará, tem causado sérios transtornos às comunidades ribeirinhas. E segundo 4ª Regional de Defesa Civil (4ª Redec) a estiagem desse ano está entre as três mais rigorosas dos últimos 15 anos.
Segundo o sargento do Corpo de Bombeiros, Riler Lopes, que integra a 4ª Redec, o quadro pode se agravar no decorrer dos próximos dias, podendo chegar a ser a vazante mais rigorosa da última década. “Em um período de 15 anos estamos na terceira maior estiagem da região, ficando atrás dos anos de 2005 e 2010. Os rios já estão estabilizando, e a expectativa é que até final de novembro já tenha o processo de subida das águas. Porém, não pode ser descartada a hipótese de mais descidas, pois ainda estamos no verão”, disse.O registro da régua de medição instalada no porto da Companhia Docas do Pará (CDP) em Santarém marcou 1,50m na manhã desta terça-feira (31). No mesmo dia, em 2016, a régua da Agência Nacional das Águas (ANA) sinalizou 1,76m.
Segundo a Capitania Fluvial de Santarém, o ponto mais baixo atingido pelo Rio Tapajós dentro do período de verão, em 2017, foi de 1,48m percebido na segunda-feira (30).
As consequências
A maior demanda dos bombeiros nesse período de verão tem sido em relação as queimadas. Com o clima de seca, os focos de incêndio aumentaram. Já para Defesa Civil a problemática é outra: a escassez de água potável e de alimentação, consequências do ciclo que atinge dezenas de comunidades ribeirinhas, como a última visitada pelo órgão na região Aritapera.
A coordenadora municipal de Defesa Civil, Laura Costa, lembra que o verão iniciou em meados de agosto, mas as demandas em relação a crítica situação de algumas comunidades aumentaram somente nos últimos dias. “Na semana passada, foram provocadas reuniões por líderes comunitários de lugares que têm sofrido com a estiagem. Anotamos e queremos devolver, mesmo que parcialmente a situação. A urgência agora é de água potável”, disse.
Outro problema enfrentado pelas comunidades é em relação a distância percorrida pelos moradores devido os canais terem secado, prejudicando a navegação mesmo em bajaras (canoas motorizadas). Nessa época, eles tem que caminhar por 4,5 km para chegar à embarcação. “A vazante é um processo natural, mas que atinge até a educação. Muitas escolas são distantes, e a ausência dos alunos tem sido constante devido as dificuldades de transporte nesse período de seca”, informou.
Comunitários do Aritapera captam água dos canais que não secaram totalmente (Foto: Comdec/Divulgação)
As providências
Após a reunião com os líderes de cinco comunidades, estão sendo providenciadas pela Defesa Civil e Secretaria Municipal de Educação, caixas d’agua e mangueiras que serão instaladas nas próximas semanas para a captar água de reservatórios naturais próximos.
A Defesa Civil Municipal registrou consumo de águas não adequadas pelos comunitários, e por isso está sendo tratada com urgência a questão da água para o consumo. Dentro do plano emergencial também está contemplada a distribuição de água potável para as comunidades.

Blog do Xarope com informação de Paulo Cadete, G1 Santarém

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