Hoje, para QUEM NÃO SABE OU NÃO SE LEMBRA nossa
cidade comemora (!?) QUARENTA E DOIS ANOS de existência, já que o marco de sua
inauguração foi no dia 12 de fevereiro de 1974, quando foi chamada de Rurópolis
Presidente Médici. Nesses tantos anos de existência, muitas coisas aconteceram:
coisas boas, coisas ruins, prevalecendo mais as coisas ruins, mais a cidade
continua de pé e forte. Pode ter certeza, muitas coisas estão acontecendo, mais
a cidade, o município e os munícipes continuarão firme, rumo a um futuro
promissor. Para que a história não seja esquecida, mais um ano, postaremos o
histórico da origem e formação do nosso município.
A origem e a formação
histórica de Rurópolis como também o processo de colonização da Transamazônica
tem forte relação com o surgimento da cidade. Tendo sua gênese vinculada ao
Programa de Integração Nacional (PIN), criado pelo Governo Federal, em 16 de
junho de 1970, período em que o INCRA dá início ao processo de criação dos
Projetos Integrados de Colonização (PICs) que tem a política de distribuição de
lotes agrícolas, ao longo das rodovias 230 e 163 e vicinais. A política dos
PICs é de bases citadinas e com esta base se criou uma hierarquização de
urbanismo rural (agrovilas, agrópolis e rurópolis), que objetivava atender as
necessidades que surgiriam com o tempo dentro dos espaços projetados pelo Programa
de Integração Nacional. Contudo, nasce Rurópolis, que na década de 70, vem a
ser o centro principal no esquema de urbanismo rural.
Neste período, o governo
militar, buscando materializar o plano de desenvolvimento do Presidente
Juscelino Kubitschek que almejava em seu governo desenvolver o Brasil,
caracterizado pelo lema de 50 anos em cinco. Projeto esse que se estende ao
governo de Emilio Garrastazu Médici, com a necessidade de integrar o norte que
se encontrava vazio demograficamente e ainda sob ameaça estrangeira ao restante
do país que sofria com grande contingente de população urbana. Através de um
modelo de desenvolvimento econômico embasado na produção agrícola e ainda
promover reformas agrárias.
Bandeira oficial do
município
O governo Médici não limitou
esforços para trazer "homens sem terra do nordeste para a terra sem homens
da Amazônia". Investiu fortemente em propaganda a qual frustrou muitas
pessoas mais tarde. A partir daí, começaram a chegar colonos de várias regiões
do país, incentivados pelo projeto de colonização realizado pelo então
Presidente da República, Emílio Garrastazu. A rodovia Transamazônica
constituía-se no eixo ordenador de todo o Programa; e no Pará, os trechos
Marabá - Altamira e Altamira - Itaituba foram objeto de planejamentos
especiais. No trecho da rodovia Transamazônica, situado entre Altamira e
Itaituba, deveriam ser construídas agrovilas (conjunto de 48 ou 64 lotes
urbanos de 100 ha).
Tais casas estavam destinadas aos colonos assentados no
local, os quais receberam, também, lotes rurais, onde desenvolveriam suas
atividades econômicas. Cada agrovila deveria contar com os serviços de uma
escola de 1º Grau, uma igreja ecumênica, um posto médico e, em alguns casos, um
armazém para produtos agrícolas. Também fazia parte do Programa a construção de
agrópolis: reunião de agrovilas, cujas polarização se dava em torno de um
núcleo de serviços urbanos. Além dos
serviços bancários, correios, telefones, escolas de 2º Grau, etc..
O objetivo da agrópolis era
atender à demanda de todas as agrovilas situadas num determinado trecho da
Transamazônica.
Na verdade, foram implantadas várias agrovilas, apenas uma
agrópolis (a de Brasil Novo, no Km 46 do trecho Altamira - Itaituba) e, finalmente,
o Programa previa a construção de Rurópolis, um conjunto de agrópolis. Na
prática, às proximidades do cruzamento da Transamazônica com a Rodovia Santarém
- Cuiabá, foi construída apenas uma rurópolis - a Presidente Médici. A atual
sede do Município de Rurópolis constitui-se exatamente no núcleo original
daquela Rurópolis planejada e implantada e para a qual continuam, nos anos
seguintes, a chegar migrantes de outras áreas do Brasil. Como município
autônomo, foi criado pela Lei nº5. 446, de 10 de maio de 1988, e instalado a
primeiro de janeiro de 1989, durante o governo Hélio Mota Gueiros, com área
desmembrada de Aveiro.
Está constituída somente
pelo distrito de Rurópolis, antiga vila que, pelo ato de criação do município,
passou à categoria de cidade. Com a Construção da Transamazônica, no início da
década de 1970, a colonização dirigida pelo INCRA, foi uma forma planejada de
ocupação da Amazônia. É neste contexto histórico que surge Rurópolis, planejada
para ser um centro urbano que assim como outros existentes no projeto que
exigia uma infraestrutura padronizada que viesse cumprir com as normas
estabelecidas no projeto. Inaugurada em 12 de fevereiro de 1974, pelo então
Presidente da Republica Emilio Garrastazu Médici, Rurópolis Presidente Médici,
entra para a história por ser a primeira cidade construída na Transamazônica e
a única Rurópolis implantada pelo PIN, no cruzamento das rodovias
Transamazônicas e Cuiabá Santarém.
Após o fracasso do projeto de colonização do
governo federal, Rurópolis Presidente Médici ficou sob administração de Aveiro,
já que seu território pertencia a este município.
É Elevada a categoria de
distrito, pela LEI de nº 5.370 de 07 de maio de 1987, publicado no diário
oficial de 29 de maio do mesmo ano. O distrito de Rurópolis Presidente Médici e
a sede do município de Aveiro, não tinham nenhum tipo de ligação rodoviária ou
fluvial, as relações comerciais entre os mesmos eram realizadas através dos
municípios de Santarém e Itaituba. Almejando a emancipação política e um maior
desenvolvimento, a sociedade civil organizada, instituições sociais e
lideranças locais realizaram mobilizações com o objetivo de formar uma comissão
provisória pro - emancipação, que foi criada no dia 12 de fevereiro de 1987,
composta por representantes de vários seguimentos da sociedade.
No dia 24 de abril de 1988
foi realizado o plebiscito, que teve resultado favorável a emancipação. A Rurópolis Presidente Médici foi finalmente
emancipada, através da LEI Estadual nº 5446 de 10 de maio de 1988, na época
abrangia uma área territorial de 6.922,96 km, elevada a categoria de município
sob o nome de RURÓPOLIS. Hoje cabe a nós cidadãos ruropolense refletirmos
profundamente sobre a situação atual deste município porque afinal somos pagadores
de impostos e bem sabemos que esses impostos que todo cidadão contribui deve
retornar em forma de serviços como; saúde, educação, transportes e outros.
Pense porque se não o desenvolvimento que foi pensado pelas pessoas que tiveram
a brilhante idéia de lutar pela emancipação política, vai continuar sendo
apenas um sonho dos que ainda estão vivos porque algumas dessas pessoas já
morreram e não puderam ver o tão sonhado desenvolvimento. O histórico acima foi
pesquisado na internet e extraído de matéria postada pela Professora Maria de
Fátima da Silva Sampaio, IBGE e
http://www.webartigos.com/artigos/origem-e-a-formacao-historica-de-ruropolis-para/76613/#ixzz2KgfQz0SP.
Via Blog Sem Polêmica
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe do Blog do Xarope e deixe seus comentários, críticas e sugestões.