quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Policiais são presos por extorsão mediante sequestro e por libertar agressor após propina

Agentes da Coinpol prendem policiais suspeitos de receber propina
Agentes da Coinpol prendem policiais suspeitos de receber propina Foto: TV Globo / Reproduçã

A Corregedoria Interna (Coinpol) da Polícia Civil faz, nesta quinta-feira, uma operação para prender dois delegados e cinco agentes denunciados por organização criminosa, extorsão mediante sequestro, concussão e prevaricação. O grupo de policiais suspeitos era conhecido como "Bonde dos Coroas". Já a operação para prendê-los foi batizada de "Os Infiltrados" e conta com a participação de 12 delegados e 40 agentes.

Foram presos os delegados Leonardo Guimarães de Godoy Garcia Grivot, plantonista da 52ª DP (Nova Iguaçu), e Matheus de Almeida Romanelli Lopes, titular da 53ª DP (Mesquita). Também estão presos os inspetores Carlos Alberto Falcão, Cosme de Araújo Conceição, Leonardo Ferreira Amaral e Sérgio Bezerra de Andrade. Paulo da Silva Carvalho não foi encontrado em casa mas se apresentou na Coinpol.
A investigação contou com interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça, colaboração premiada e infiltração de agentes. O inquérito policial comprovou que policiais da 53ª DP sequestraram, no dia 30 de agisto de 2017, um homem ligado ao tráfico de drogas da comunidade da Chatuba. O suspeito tinha antecedentes criminais de roubo qualificado e, contra ele, havia um mandado de prisão pendente.
Esse homem foi levado para a delegacia e mantido nela até que seus parentes pagassem uma propina exigida pelos policias — o valor inicial era de R$ 53 mil, mas foram entregues aos agentes R$ 10 mil. Outro caso que chamou a atenção da Corregedoria foi a prisão de um suspeito de roubo. Mesmo sendo reconhecido pelas vítimas, ele foi liberado pelos agentes e teve seu auto de prisão em flagrante cancelado. Poucos dias depois, foi baleado em confronto com policiais.
Em outra ocasião, um suspeito foi preso em flagrante por roubo qualificado, reconhecido pelas vítimas, mas após a liberação dos policiais condutores, o autor foi solto e seu auto de prisão em flagrante cancelado. Poucos dias depois, ele foi baleado em confronto com policiais.
Um homem preso por violência doméstica também foi liberado pelos policiais procurados na operação "Os Infiltrados". O agressor foi levado por policiais miilitares para a delegacia mas, como pagou uma propina para os agentes da Polícia Civil, foi liberado sem qualquer registro do fato.

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