sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Fumaça de queimadas aumenta alerta de saúde em Santarém


Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), poluição do ar figura entre as maiores ameaças à saúde, e seus efeitos são especialmente graves para crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas, como asma e bronquite.
O Núcleo Técnico de Vigilância em Saúde (NTVS) da Secretaria Municipal de Saúde de Santarém (SEMSA) emitiu um alerta sobre os riscos à saúde devido à alta concentração de fumaça proveniente das queimadas no município de Santarém, no oeste do Pará. Nesta sexta-feira(8), a cidade manteve o céu encoberto por fumaça pelo quinto dia consecutivo.
Segundo a nota, o fenômeno, intensificado no período seco, afeta gravemente a qualidade do ar, comprometendo principalmente o sistema respiratório da população.
O documento, assinado pelo chefe do NTV, Marcelino Fortunato Xavier Neto, destaca que a fumaça das queimadas contém compostos tóxicos, como dióxido de enxofre (SO₂), monóxido de carbono (CO) e partículas finas (PM), além de poluentes climáticos de vida curta, como o carbono negro. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a poluição do ar figura entre as maiores ameaças à saúde global, e seus efeitos são especialmente graves para crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas, como asma e bronquite.
Os sintomas mais comuns incluem dor de cabeça, irritação nos olhos e garganta, tosse seca, dificuldade respiratória, e até mesmo ansiedade e dermatites. A exposição prolongada pode causar danos mais severos, aumentando os riscos de doenças cardiovasculares e até câncer.
Para minimizar os impactos da fumaça, a Semsa recomenda o aumento da ingestão de líquidos para hidratação das vias respiratórias e o uso de máscaras N95 ou PFF2 ao ar livre. Atividades ao ar livre devem ser evitadas quando a qualidade do ar estiver comprometida. Além disso, é aconselhável não utilizar métodos de cocção com lenha ou carvão em ambientes fechados para reduzir a poluição interna.
Crianças menores de cinco anos, gestantes, idosos e pessoas com doenças respiratórias são orientados a redobrar a atenção e procurar atendimento médico ao surgirem sintomas. Para quem possui condições respiratórias pré-existentes, é fundamental manter o plano de tratamento atualizado e considerar, se possível, a saída temporária das áreas mais afetadas pela fumaça.
O alerta ressalta ainda que o Sistema Único de Saúde (SUS) está disponível para atendimento, oferecendo cuidados preventivos e suporte para aqueles que enfrentam complicações devido à poluição atmosférica.

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