Vereador eleito disse que o homem foi torturado para fazer gravar o vídeo contra ele e outros militares.
O vereador eleito, sargento Salazar, se manifestou sobre a divulgação do vídeo de um homem identificado como Carlos Henrique que trouxe à tona graves acusações sobre uma suposta milícia operando dentro da Polícia Militar do Amazonas (PM-AM) e cita o nome de Salazar, além do sargento Henrique Santiago, o sargento Camurça da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam) e o próprio secretário de Segurança Pública do estado, Coronel Vinícius.
A reportagem pediu posicionamento de sargento Salazar, e ele afirmou que as acusações são falsas. “Meu posicionamento é que isso que ele falou no vídeo não existe. Ele foi forçado, foi torturado e se tivesse algum áudio, alguma conversa minha com ele aí sim. Não tem nada que me comprometa. Ele apanhou para caramba para falar isso. Só um leigo que não vê que foi tudo armado“, disse Salazar com exclusividade ao AM POST.
Acusações
O vídeo mostra o homem expondo detalhes das atividades criminosas em que ele e supostamente os membros da Polícia Militar estariam envolvidos. Segundo Carlos Henrique, a suposta milícia controla um esquema de tráfico de drogas no Amazonas, coordenando o envio de entorpecentes para o estado e garantindo proteção para seus membros em operações policiais. No vídeo, ele afirma que recebeu documentos dos líderes para apresentar durante eventuais abordagens policiais, garantindo que pudesse circular livremente e evitar problemas com a própria polícia.
“Eu, o sargento Henrique Santiago, o sargento Salazar, Camurça da Rocam, Coronel Vinícius fizemos arrocho no meio do rio no qual eu sou o que destino toda a droga para o estado do Amazonas. Nós somos uma milícia onde todos os policiais presos no bairro Monte das Oliveiras fazem parte dela. Eles me deram documentos para caso eu fosse parado pela polícia ter tudo o aval para poder passar batido. Eles têm tudo um comércio ilegal de ouro. da Rocam todos eles fazem parte dessa milícia, temos áudios deles falando da parte do arrocho”, disse.
Carlos Henrique foi encontrado morto, e imagens de seu corpo foram rapidamente compartilhadas em diversos grupos de redes sociais, intensificando as especulações e o clima de tensão em torno do caso.
O homem foi executado com 19 tiros, evidenciando a brutalidade da ação, que também incluiu tortura e a queima do corpo enquanto ele ainda estava vivo. Durante a perícia no local, foi encontrado um documento militar que, após verificação, se confirmou como falso.
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