Violência doméstica e covardia: quatros presos, um debaixo da cama

Marabá viveu um fim de semana de horror e covardia, com quatro prisões relacionadas à violência doméstica. Entre os casos, um dos suspeitos protagonizou uma cena que revela a natureza desses agressores: cheios de coragem para atacar mulheres indefesas, mas incapazes de encarar as consequências de seus atos.

Os Homens foram apresentados na DEAM , onde foram ouvidos pela polícia 

O primeiro caso ocorreu na manhã de sábado (8), segundo o jornal Correio de Carajás, quando Andiário Santana Filho foi levado à Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), acusado de espancar sua companheira na Rua Sérvulo Brito, no bairro Belo Horizonte.
A vítima, desorientada, sequer soube explicar o motivo da agressão e relatou que o filho também foi atingido, embora sem detalhar a violência sofrida.
Os policiais constataram que o acusado estava visivelmente embriagado, um padrão recorrente nesses crimes.
No fim da tarde, a polícia foi chamada novamente, desta vez para a Rua 20, no bairro Nossa Senhora Aparecida, conhecido como Coca-Cola.Jeone Marcos Pires Fernandes foi preso após agredir uma vizinha e, num ato de desespero e covardia, tentou se esconder debaixo da própria cama para evitar a prisão.A esposa do agressor tentou acobertá-lo, mas os policiais localizaram o homem e, ao lado do esconderijo improvisado, encontraram um facão e um pedaço de madeira.
A vítima, que precisou passar por cirurgia, foi socorrida ao Hospital Municipal.
Na delegacia, Jeone resistiu à prisão, mas foi contido pelos agentes.
Poucas horas depois, por volta das 21h, narra ainda o Correio, mais um caso de violência contra mulher foi registrado. Tiago José Trindade Lopes foi detido após agredir a ex-companheira com um tapa no rosto na Folha 6, na Nova Marabá.
A vítima relatou que ambos estavam ingerindo bebida alcoólica quando uma discussão verbal escalou para agressão física.
O último caso de covardia aconteceu na tarde de domingo (9), quando Edson Paixão da Costa foi acusado de ameaçar de morte os próprios filhos, todos menores de idade.
A companheira do agressor denunciou o caso, ocorrido na Avenida dos Gaviões, bairro Liberdade, núcleo Cidade Nova.
O homem foi conduzido à DEAM, e as vítimas agora esperam que a Justiça cumpra seu papel.
A frequência de casos como esses em Marabá evidencia um problema estrutural grave, que exige uma resposta rígida das autoridades e da sociedade.
A impunidade e a banalização da violência doméstica reforçam ciclos de agressão que destroem vidas.
Se a coragem para atacar mulheres e crianças é tanta, por que falta bravura para enfrentar as consequências?
Esconder-se debaixo da cama não apaga a brutalidade cometida.
Que a Justiça não permita que esses casos virem apenas mais estatísticas e que as vítimas sejam realmente protegidas.

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