Apesar do ex-presidente alegar ter feito curso de soldador, a perícia parece discordar do talento do aluno
Um laudo da Polícia Federal enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) jogou luz — e certa dose involuntária de humor — sobre as queimaduras encontradas na tornozeleira eletrônica de Jair Bolsonaro (PL).
Segundo os peritos, os danos apresentam “execução grosseira” e total falta de “precisão técnica”, termos que, traduzidos do juridiquês, significam mais ou menos: quem fez isso definitivamente não sabia o que estava fazendo.
A análise encontrou deformações na capa plástica do equipamento, incluindo fusões, rompimentos e outras marcas incompatíveis com delicadeza.
Resíduos de ferro também foram detectados nos trechos afetados, compatíveis com o uso de uma solda — ferramenta que Bolsonaro admitiu ter utilizado ao tentar “arrumar” o dispositivo.
Curso de eletricidade
A defesa do ex-presidente, porém, apresentou ao STF um argumento pouco convencional: Bolsonaro "tem curso de operação desse tipo de equipamento".
Embora não tenha detalhado que curso seja esse, alguns detalhes biográficos do ex-presidente confirmam que ele possui algum conhecimento de eletricidade.
O fato, para a sua defesa, justificaria seu ímpeto de meter as mãos na tornozeleira, como se fosse apenas mais um trambolho doméstico precisando de conserto.
A perícia, contudo, parece discordar do talento do aluno.
O episódio integra o processo que levou à prisão preventiva de Bolsonaro no último sábado (22), por ordem do ministro Alexandre de Moraes.
A decisão considerou a convocação de uma vigília por Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na porta do condomínio do pai e os sucessivos alertas de violação do equipamento eletrônico.
Fonte : Revista FórumBlog do Xarope via Revista Fórum
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe do Blog do Xarope e deixe seus comentários, críticas e sugestões.