terça-feira, 13 de agosto de 2013

Projeto ambiental da Norte Energia reúne quase 150 mil exemplares da flora amazônica

A Norte Energia atingiu a marca, em julho deste ano, de 148.249 plantas da região do Xingu já resgatadas, com 46% delas devolvidas ao meio ambiente. Este é um dos resultados obtidos pela empresa que, atenta à importância de preservar espécies típicas da região amazônica e muitas vezes ameaçadas de extinção, desenvolve atividade constante de acompanhamento e proteção da flora na área de influência da Usina Belo Monte.
Exemplar de pau-cravo identificado pela Norte Energia é reimplantado na natureza (Crédito – Regina Santos)

   
As atividades são realizadas desde junho de 2011 por profissionais no Centro de Estudos Ambientais da Norte Energia. Além de plantas adultas, o viveiro mantido pela empresa conta com 2.790.000 unidades que compõem um banco de sementes para reprodução e estudos das características da vegetação local. Este levantamento permite conhecer melhor o modo de vida das espécies e, assim, obter o melhor resultado em iniciativas de preservação.
A partir deste trabalho, a Norte Energia identificou, em 2012, durante monitoramento preventivo para as primeiras escavações do canal de derivação da usina, 11 indivíduos adultos de pau-cravo, espécie típica da Amazônia que corre risco de extinção. As árvores foram avaliadas, identificadas e removidas para transplante em áreas de proteção. Das 11 espécies transplantadas, 10 sobreviveram e estão em fase de frutificação, que antecede a etapa de coleta das sementes para reprodução da espécie, no Centro de Estudos Ambientais da Norte Energia.
A continuidade do projeto permitiu que outros 30 exemplares de pau-cravo fossem encontrados. Catalogados, eles agora estão sendo acompanhados em áreas adquiridas pela empresa. O superintendente do Meio Físico e Biótico da Norte Energia, Gilberto Veronese, considera o programa um forte aliado na recuperação e preservação ambiental do Xingu e destaca a importância do cuidado com essas espécies para as gerações futuras. “Esse trabalho permitiu encontrar uma espécie que se acreditava estar extinta há anos, isso para a sociedade acadêmica e para o meio ambiente da região, representa um avanço importantíssimo”, afirmou Varonese.
Após a identificação das plantas, a Norte Energia determinou aos seus colaboradores que todas as espécies encontradas nos canteiros de obras e adjacências sejam cadastradas e sua área imediatamente informada para o grupo de acompanhamento do Plano de Ação Nacional de Conservação das Espécies de Flora Ameaçadas de Extinção do Baixo e Alto Xingu (PAN). Esse Plano foi elaborado com participação da Norte Energia, reforçando a atuação de várias entidades brasileiras que atuam na conservação da flora na região, entre elas o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), que mantém parceria com a Norte Energia nos projetos de salvamento da flora e da implantação do banco de germoplasma.
Pau-cravo – Árvore típica da floresta amazônica, o Pau Cravo também é conhecido como cravo-do-maranhão, cravo-do-pará, cravo-do-mato e canela-cravo. Durante o período colonial, foi considerada uma concorrente à altura do cravo-da-índia e, por isso, muito explorada. De porte médio, alcança até 20 metros de altura e guarda aroma semelhante ao de rosas no caule. O tronco é amarelado e muito resistente, motivos pelos quais a espécie foi bastante usada na construção de casas e barcos.

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