segunda-feira, 25 de agosto de 2025

O FAZENDEIRO . O CONDOMÍNIO . A EX - COMPANHEIRA . O ABUSO PSICOLÓGICO E SEXUAL

O advogado e fazendeiro paraense Alípio João Júnior, de 58 anos, denunciado por intimidar e ameaçar vizinhos do condomínio onde vive em Ribeirão Preto (SP), também é suspeito de abusar e agredir física e psicologicamente uma mulher com quem se relacionou por cinco meses.

O caso aconteceu há dez anos e, à época, a mulher registrou um boletim de ocorrência e conseguiu uma medida protetiva contra ele, mas, por medo, não deu andamento nas acusações.
“Como não fiz nada há dez anos, me arrependo muito vendo o que ele fez agora, o terror no prédio. 
Resolvi fazer alguma coisa até mesmo pelo que não fiz lá atrás. 
A sociedade precisa saber, as autoridades precisam saber que ele não pode conviver no meio social, ele é perigoso”. 
Disse a vítima à polícia.
A mulher, que pediu para não ser identificada, disse que o relacionamento foi marcado por episódios de violência. 
O estopim foi quando ela foi mantida em cárcere privado no apartamento dele por cinco horas, sendo agredida e abusada sexualmente, até conseguir fugir e procurar a polícia. 
Segundo a vítima, no dia da agressão, Alípio ligou para ela por volta das 13h e pediu que o encontrasse. 
Quando chegou ao local, o apartamento estava escuro, com janelas e cortinas fechadas.
“Ele estava um pouco alterado porque tinha tomado um litro de whisky e ‘cheirado pó’ a madrugada inteira. 
A hora que vi que ele estava alterado, decidi ir embora, só que ele trancou a porta e falou que dali eu não ia sair. 
Fiquei até 19h, onde ele me bateu o tempo todo, me bateu várias vezes na cabeça”. 
Narrou a vítima.
A vítima afirma que, por conta das agressões, teve descolamento de vítreo (que preenche o interior do olho) e quase teve o nariz quebrado. 
“Ele falava o tempo todo que eu não ia sair viva dali e, além das agressões, que foram tanto físicas quanto psicológicas, ele fez sexo comigo várias vezes sem meu consentimento. 
Eu estava ali, tinha de fazer o que ele queria fazer. 
Se eu não fizesse, não sei o que poderia acontecer”.
Ainda segundo ela, após cinco horas de agressões, Alípio a deixou sozinha e foi tomar banho. 
Nesta hora, ela decidiu fugir.
“Vi onde ele tinha escondido a chave, foi o tempo de colocar minha blusa e sair de toalha na parte debaixo. 
Desci a escada, não esperei nem o elevador. 
Ainda falei para o porteiro que ele [Alípio] tinha me batido. 
Fiquei cinco horas sob o domínio dele, apanhando, sendo abusada sexualmente, um terror psicológico. 
Sai de toalha e andei um quarteirão para pegar meu carro, que estava na rua de trás”.
Briga por herança e ameaças a vizinhos – O fazendeiro também ameaçou a madrasta por causa de uma herança. 
Em 2015, a mulher procurou a polícia para dizer que Alípio informou, por meio de uma ligação, que tinha transferido o veículo para membros de uma organização criminosa e eles iriam matá-la e matar o filho dela. 
Em 2016, após a morte do pai, ele passou a ser o responsável pelo inventário da família.
No imposto de renda constam 78 imóveis em cidades do interior de São Paulo, do sul de Minas e do Pará. 
No entanto, Alípio foi substituído por uma advogada, porque a juíza entendeu que ele não dava os cuidados necessários ao caso.
O episódio mais recente de violência do fazendeiro aconteceu na semana passada, quando moradores do condomínio onde ele vive registraram um boletim de ocorrência pelos crimes de ameaça, perturbação da tranquilidade, perigo para a vida ou saúde de outrem e injúria. 
Eles alegaram que sempre tiveram problemas com Alípio, mas nos últimos dias, o fazendeiro passou a enviar mensagens de áudio com ameaças de morte. 
Em uma delas, ele chega a xingar o morador de “bosta, pobre, anão, veado e gigolô”. 
Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, Alípio explodiu uma bomba na varanda de um dos moradores.
Em uma das gravações enviadas ao síndico do condomínio, o fazendeiro afirmou que poderia mandar matar a filha dele e explodir o apartamento de um vizinho por causa do barulho de uma criança.
“Se ele der uma batida hoje, vou explodir o apartamento dele. 
Se você der parte de mim, eu mando matar tua filha. 
Você tem filha, mulher. 
Cuida da tua família. 
Vou explodir duas dinamites lá. 
Prova que fui eu, fica lá filmando. 
Se você não mandar a multa que você me mandou para ele, em 30 dias, eu mando queimar você com tua filha dentro do seu carro.”
Fonte : O Antagônico

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